Já a Liga Forte Futebol conta com Fluminense, Inter, Athletico, Fortaleza, Cuiabá, Criciúma, Atlético-GO, Juventude, Cruzeiro, Vasco e Botafogo.
Com nova gestão, comandada pelo presidente Augusto de Mello, a diretoria do Corinthians não estava engajada na negociação da Libra com a Globo no início do ano. Quando chegou na reunião do grupo em fevereiro, o representante alvinegro mostrou-se cauteloso e queria conhecer números.
A diretoria corintiana claramente não gostou do que ouviu da Libra. E, assim como o Santos, foi se reunir com os investidores da Liga Forte, LCP (Carlos Gamboa), XP Investimentos, General Atlantic e Live Mode. Houve a influência do presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, que tem feito lobby em favor da Liga Forte Futebol junto a clubes paulistas.
E aqui o que se propõem em cada grupo para o Corinthians:
Liga Forte Futebol
O Corinthians não vai aderir ao grupo formalmente. Sua negociação é feita diretamente com os investidores da LFF. Para atrair o clube, as empresas ofereceram uma espécie de garantia mínima de receita, como revelado pelo blog.
O funcionamento é assim: clube terá uma garantia de que sua receita anual será superior a R$ 200 milhões por ano. Se esse valor não for atingido com a venda das receitas veículos de mídia, os investidores completam o dinheiro. Isso é feito por meio de uma operação de empréstimo da XP para o Corinthians. O valor que completa a garantia corintiana é descontado do mútuo em operação que envolve os investidores. Essa garantia é um adiantamento, mas não uma venda de percentual de direitos.
Essa garantia mínima sempre foi combatida pelos membros da Liga Forte Futebol como um mecanismo de desigualdade que não deveria ser admitido. Agora, os clubes aceitam a garantia dada ao Corinthians com a alegação de que não vai afeta-los porque é algo fora do contrato de TV, dado pelos investidores.
O prazo é de cinco anos, período em que o Corinthians teria os seus direitos atrelados aos investidores e seria negociado pela Live Mode. A empresa negocia os direitos do Paulista.
A Live Mode, por enquanto, não tem proposta concreta pelos direitos do Brasileiro do bloco da LFF. Se juntar o Corinthians, terá 12 clubes da Série A e projeta um crescimento comercial do valor. A Liga Forte já deixou claro que quer fatiar os direitos de TV por várias plataformas, como TV aberta, fechada, streaming, como é feito no Paulista.
O Corinthians está atraído pela injeção de dinheiro imediata que ajudaria na situação financeira delicada do clube. O Santos, em outro patamar, segue o mesmo caminho.
Libra
A Libra negocia um contrato de R$ 1,3 bilhão com a Globo por ano pelos direitos do Brasileiro-2025. Esse valor, que já estava fechado, terá de ser revisto caso o Corinthians desistia do negócio. Há um desconto percentual previsto, mas esse número pode mudar. Sobrariam oito clubes da Série A.
O Corinthians teria o seu dinheiro definido pela distribuição do critério 40% igual, 30% por posição, 30% por audiência. O mínimo garantido foi abolido na Libra. A posição da entidade é que, com o dinheiro do acordo da Globo, não seria necessário o mínimo garantido porque todos receberiam pelo menos o que ganhavam até 2024.
Embora não tenha uma garantia mínima neste grupo, o Corinthians teria a vantagem de ter um acordo já encaminhado com a Globo.
Há um adiantamento previsto pela Globo no valor de R$ 650 milhões para os nove clubes da Libra. Isso seria referente à antecipação de uma parte dos cinco anos de contrato.
Além disso, o investidor conectado à Libra, o fundo Mubadala, prevê um cheque de R$ 72 milhões para o clube que quisesse vender 5% dos direitos de TV por 25 anos. Outro cheque de R$ 300 milhões caberia ao Corinthians se quisesse negociar 20% por 50 anos. Mas a maioria dos clubes da Libra não quis vender seus percentuais de direitos.
Reportagem
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