Contra a Austrália, muito por conta da comissão técnica, composta por oito pessoas, e que não percebeu que a Austrália jogou os últimos cinco minutos com um ponto a mais do que marcou, por um erro da mesa, escalada pela própria Confederação Brasileira de Basquete — e a CBB impôs como regra, pelo que soube o blog, que os profissionais não poderiam ser os que trabalham no NBB.
Diante da Sérvia, perdeu por falhas coletivas. Bolas queimando com arremessos de três desequilibrados, poucas infiltrações, banco ajudando pouco. Mas nada se compara ao erro absurdo, amador, inadmissível, da comissão técnica, que não instruiu o time em quadra contra a Sérvia a segurar a derrota por quatro pontos.
Era uma desvantagem que permitia ao Brasil jogar por uma vitória simples contra a Alemanha. Faltando poucos segundos no cronômetro, a seleção forçou uma falta das sérvias e acabou perdendo de sete. Como consequência, foi à última rodada precisando ganhar de oito.
Se já era difícil vencer por qualquer placar, imagine por oito. O Brasil chegou a ter quatro pontos na frente, mas, pressionado a buscar mais quatro, o time errou demais. A ótima Kamilla (talento geracional) caiu na pilha das alemãs, agrediu uma rival, e sofreu falta técnica. Tainá estragou um ataque chutando (com o pé mesmo) duas vezes a bola. Débora tomou um toco vexatório.
E, de novo, a comissão não ajudou na estratégia. Sem chance de ganhar de oito no final do tempo regulamentar, o time deveria buscar o empate, ir à prorrogação, e ganhar cinco minutos para chegar à margem necessária. Acabou perdendo de dois (e tentando um arremesso de três no estouro do cronômetro) e sendo eliminado.
Já são 12 anos (doze anos!!!) sem ganhar de rivais europeias. Tudo bem que são poucos jogos, mas é um número absurdo. Dez anos sem se classificar a nenhum torneio de nível mundial, tendo jogado a Rio-2016 como dona da casa. E, fora de Paris, perde a chance de combinar a geração de Damiris/Ramona/Débora/Tainá no auge com a dupla Stephanie/Kamilla. Em Los Angeles, as mais experientes já estarão mais perto dos 40 do que dos 30.