Dono de uma grande experiência nos gramados, Zico detém um grande respeito no futebol nacional. Ciente do status, o ex-jogador buscou auxiliar Neymar, tendo em vista o status do atacante em relação à atual geração do Brasil. Porém, houve uma sinalização de que apenas o talento não será suficiente para o craque, antes de encerrar a carreira, conquistar uma Copa do Mundo.
“Ainda dá. O Neymar, sem dúvidas, é o maior talento dos últimos tempos. O problema dele é a cabeça para ser profissional de futebol e esquecer o resto. Ele tem que entender. O Cristiano Ronaldo e o Messi estão dando exemplo toda hora. Eles vivem o futebol e ainda conseguem representar bem. O Neymar é mais novo e tem essa possibilidade.”, disse Zico, em entrevista ao podcast “Fala, João“.
Traçando um paralelo com sua carreira, Zico recordou que, aos 32 anos, estava no auge técnico e físico. No entanto, o rendimento não foi alcançado de forma simples, motivo pelo qual o ídolo do Flamengo reforçou o esforço necessário antes de Neymar disputar o Mundial de 2026.
“Com 32 (anos) eu estava no auge sendo artilheiro na Itália. Ele não pode, com o talento que tem, deixar passar isso. É um cara fora da curva, mas tem que ser um profissional fora da curva também, e abdicar de certas coisas. Não custa nada passar quatro anos (regrados)… vai valer a pena. Falta o entorno dar uma chegada e mostrar a importância que ele tem.”, completou.
Sem dar maiores detalhes, Zico revelou que aconselhou Neymar e pessoas próximas ao camisa 10. Na visão do Galinho, há uma necessidade do principal jogador da seleção mudar o estilo para não ser “caçado” em campo e evitar lesões graves.
“Não é mudar como joga, mas ele tem que jogar de uma forma que os caras não venham sempre com vontade de agredi-lo, coisa que não fazem com Messi e Cristiano Ronaldo. Com o Neymar, todo mundo que vai dividir tenta dar uma beliscada no cara. Pode fazer uma jogada de efeito, mas sempre com objetividade.”
“Eu já falei com ele algumas vezes, amigos do entorno… ele joga muito! Foi um dos melhores que o Brasil produziu e não pode passar em branco.”, alertou.