Palmeiras e São Paulo entraram em uma “guerra de narrativas” após o clube mandante não ceder a sala de coletiva para Abel Ferreira no Morumbi. O técnico do Verdão não conversou com a imprensa depois do Choque-Rei.
A diretoria do São Paulo alegou reciprocidade pelo tratamento recebido no Allianz Parque e afirmou ter disponibilizado a área da zona mista para a realização da entrevista coletiva. Quando joga no estádio do Palmeiras, o clube do Morumbi já fez a entrevista coletiva em uma sala anexa à zona mista do estádio palmeirense.
Já o Verdão rebateu o argumento do rival alegando que não foi disponibilizado nenhum espaço para a realização da coletiva – nem mesmo o espaço destinado à zona mista. O backdrop com os patrocinadores do clube já estava instalado na sala de coletivas do MorumBIS.
O regulamento da Federação Paulista de Futebol deixa claro que o clube mandante é obrigado a oferecer espaço e estrutura para a realização de ambas entrevistas coletivas. O texto também esclarece que caso apenas uma sala esteja disponível no estádio, a equipe visitante realizará a entrevista coletiva antes do mandante.
– Havendo apenas uma sala ou espaço de imprensa disponível no estádio, será realizada a entrevista da equipe visitante e, posteriormente, a entrevista da equipe mandante, salvo acordo prévio realizado entre os clubes, que deverá ser informado à Federação Paulista de Futebol com pelo menos 24 horas de antecedência da realização de partidas – diz a regra do Paulistão
Desta forma, o Palmeiras relatou o ocorrido à FPF e espera que providências sejam tomadas.
Veiga fez o gol do Verdão no Choque-Rei (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)
VEJA NOTA EMITIDA PELO SÃO PAULO APÓS O CHOQUE-REI
“O São Paulo Futebol Clube esclarece que, por reciprocidade, disponibilizou a zona mista do MorumBIS para a realização das entrevistas da Sociedade Esportiva Palmeiras. A utilização ou não do espaço fica a cargo do clube visitante.
Vale ressaltar que, na última partida disputada no Allianz Parque, o São Paulo precisou realizar a entrevista coletiva em um pequeno espaço anexo à zona mista do estádio, local de passagem de muitas pessoas, que dava acesso ao vestiário dos gandulas, sem direito a fixar adequadamente o backdrop com os patrocinadores.
Os jornalistas, inclusive, ficaram sentados no chão e sem o sistema de som ideal para a realização do trabalho de todos os envolvidos.”
VEJA NOTA EMITIDA PELO PALMEIRAS APÓS O CHOQUE-REI
“Fomos informados pelo São Paulo, somente após o jogo deste domingo, que não haveria sala para a realização da entrevista do técnico Abel Ferreira – o backdrop com os patrocinadores do clube já estava, inclusive, instalado na sala de coletivas do Morumbi.
Como o mandante não nos ofereceu nenhuma alternativa (nem mesmo a área da zona mista), a coletiva do treinador teve de ser cancelada. O argumento usado pelo São Paulo (“reciprocidade”) não condiz com a verdade, já que o Palmeiras, quando mandante, sempre oferece um espaço para a entrevista do treinador adversário.
Relatamos o ato de hostilidade à Federação Paulista de Futebol e esperamos que providências sejam tomadas.”