Em novas imagens obtidas pelo ge, Belmonte, bastante exaltado, faz reclamações pela atuação da equipe de arbitragem, comandada por Matheus Delgado Candançan e ataca o comandante do Verdão.
Carlos Belmonte, diretor do São Paulo, durante confusão após empate com o Palmeiras — Foto: Reprodução
– Safado do caralho! O Abel apitou para vocês, este português de merda! – gritou.
Além de Belmonte, o presidente Julio Casares, Calleri e Wellington Rato também aparecem em outras trechos da confusão.
As contestações do São Paulo são em relação à não expulsão de Richard Ríos em uma entrada dura em Pablo Maia e o pênalti não assinalado em uma possível falta dentro da área em cima de Luciano, no segundo tempo.
Na súmula do jogo, o árbitro Matheus Delgado Candançan relatou que a equipe de arbitragem foi interceptada por membros do São Paulo, incluindo o diretor Carlos Belmonte, o presidente Julio Casares e alguns jogadores do elenco.
Jogadores do São Paulo se exaltam com árbitros em vestiário após jogo contra Palmeiras
O juiz escreveu que os dirigentes tricolores disseram: “safados, que pênalti foi esse, sem vergonhas, filhos da p…, vai tomar no c…, você não vai ficar em paz, desgraçados, o Abel apitou o jogo hoje”.
Presidente do São Paulo ataca: “Chega de Abel apitar jogo”
Procurado, o Palmeiras disse que xenofobia é crime e estudará as medidas legais cabíveis contra o dirigente. Posteriormente, o Verdão divulgou nota oficial (leia abaixo). O São Paulo foi procurado, mas ainda não se pronunciou, e quando isto ocorrer, a matéria será atualizada.
A Sociedade Esportiva Palmeiras estuda as medidas legais cabíveis contra o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, flagrado xingando de forma xenófoba o técnico Abel Ferreira após o jogo de ontem, no Morumbis. Não há justificativa para as palavras baixas e preconceituosas escolhidas pelo dirigente são-paulino com o intuito de depreciar um profissional íntegro e vitorioso, que vive no Brasil há mais de três anos.
O Palestra Italia nasceu pelas mãos de imigrantes que resistiram à intolerância para que o clube não morresse. A nossa história foi construída com o amor e a dedicação de jogadores, profissionais e torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, sem distinção. Repudiamos, portanto, qualquer tipo de discriminação, quanto mais ofensas que incitem a aversão a estrangeiros.
Não é segredo que o futebol brasileiro atravessa um momento perigoso, com casos cada vez mais frequentes de violência, como o brutal ataque ao ônibus da delegação do Fortaleza, há menos de duas semanas, e a morte de um torcedor em Belo Horizonte (MG), no último sábado (2). Neste cenário complexo e desafiador, cabe a quem comanda o compromisso com a responsabilidade, não com o ódio.
Desse modo, lamentamos também a postura do presidente do São Paulo, Júlio Casares, que, em um pronunciamento raivoso na zona mista do estádio, desrespeitou gratuitamente o técnico Abel Ferreira. Trata-se de um comportamento inadequado e incompatível com quem ocupa um cargo de tamanha relevância. O desequilíbrio, a insensatez e a histeria somente potencializam a violência que todos, juntos, deveríamos combater.
Reiteramos que estamos analisando as medidas judiciais cabíveis para proteger o nosso treinador e o próprio Palmeiras.
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