Suspeito de envolvimento na briga entre as torcidas de Atlético e Cruzeiro no último sábado (2/3), o assessor parlamentar Marcos Vinícius Oliveira de Melo, mais conhecido por Vinicin, foi demitido do gabinete do vereador de Belo Horizonte, César Gordin (Solidariedade), o “Gordin da Galoucura”.
Em nota, o parlamentar afirmou que a exoneração do assessor se dá até que haja uma apuração do ocorrido.
“Não sou polícia nem Justiça para investigar ou julgar ações de quem trabalha em meu gabinete fora do seu horário de trabalho, em sua vida privada. Mas, até que todos os fatos sejam apurados e identificados os responsáveis, decidi pela demissão imediata do meu assessor que foi citado como tendo tido envolvimento na briga do final de semana”, afirmou.
O confronto terminou com a morte do entregador de aplicativos Lucas Elias Vieira Silva, de 28 anos, que era cruzeirense. Outras duas pessoas foram baleadas, mas não correm risco de morrer.
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Vinicim chegou a ser preso em 2010 pela morte de Otávio Fernandes, torcedor do Cruzeiro, e foi condenado a 17 anos de prisão. Em 2018, ele também esteve envolvido no espancamento de um membro da Máfia Azul antes da final do Campeonato Mineiro de 2018.
“Dei oportunidades para que quem cometeu erro no passado, afim de que tivesse oportunidade de trabalho digno para sustentar sua família. (…) Certo de que a recuperação e a ressocialização de qualquer um que cometeu um erro no passado passa pelo esporte, seguirei firme com meus projetos sociais, formando cidadãos e campeões do esporte”, escreveu em nota o vereador.
Leia a nota completa:
“Como todos sabem e eu tenho orgulho de dizer, construí minha trajetória no esporte e na Torcida Galoucura. Fui lutador profissional, professor de luta, secretário de esportes de Santa Luzia,presidente da torcida entre 2012 e 2016, período em que não houve nenhuma morte por briga de torcida em Minas Gerais. Sempre fui ponderado nas minhas posições, prezando pelo diálogo, respeito ao dinheiro público e a legalidade.
No meu gabinete, trabalham várias pessoas que passaram por essa trajetória comigo, exercendo diferentes funções. Dei oportunidades para que quem cometeu erro no passado, afim de que tivesse oportunidade de trabalho digno para sustentar sua família.
Entretanto, lidero meus assessores e atletas pelo exemplo, e não aceito participação em briga de qualquer tipo, como a que ocorreu no sábado (2/3).
Não sou polícia, nem Justiça para investigar ou julgar ações de quem trabalha em meu gabinete fora do seu horário de trabalho, em sua vida privada. Mas, até que todos os fatos sejam apurados e identificados os responsáveis, decidi pela demissão imediata do meu assessor que foi citado como tendo tido envolvimento na briga do final de semana.
Certo de que a recuperação e a ressocialização de qualquer um que cometeu um erro no passado passa pelo esporte, seguirei firme com meus projetos sociais, formando cidadãos e campeões do esporte.
Torço para que as autoridades escutem mais as torcidas, para que brigas não ocorram mais. Esse é um fenômeno social complexo e para ser de fato resolvido não deve ser tratado com soluções simplistas.
Por fim, reforço que lamento muito a tragédia de sábado, e espero que a Justiça seja justa, punindo os culpados na medida de suas ações e com base nos fatos que aconteceram ali.”