Não é segredo para ninguém que a grande maioria dos clubes brasileiros sofrem do ponto de vista financeiro. O Corinthians, por exemplo, está pagando na carne o resultado de gestões irresponsáveis que o levaram a uma dívida na casa dos R$ 2 bilhões. Na Rádio Jovem Pan, Flávio Prado avaliou especificamente o caso do Timão.
Para o jornalista, basta o clube paulista seguir os exemplos de Palmeiras e Flamengo, que passaram anos com dificuldades de caixa e hoje apresentam uma situação mais confortável que os demais.
“O que o Corinthians precisa fazer é se estruturar para daqui alguns anos ele poder brigar diretamente com o Flamengo e o Palmeiras financeiramente, como Flamengo e Palmeiras fizeram. É isso, não tem o que fazer. Hoje não dá pra brigar. Talvez daqui há quatro, cinco anos se começar um projeto hoje para fazer a coisa ficar em dia, tudo em ordem…Está devendo 2 bilhões você vai brigar com quem?”, diz Flávio Prado.
“O Palmeiras era motivo de chacota, os caras não queriam jogar lá, o Flamengo também. Hoje o Corinthians está nesse grupo, perde jogadores com relativa facilidade porque não tem dinheiro. Não adianta ficar esperneando. É criar um projeto para lá na frente fazer jus a grandeza que tem, o número de torcedores que tem. Dá pra fazer. Tem que agir com frieza, trabalhar como uma empresa que está semifalida e transformar ela sendo superivatária usando os clientes que tem. O Corinthians tem no mínimo 25 milhões de clientes”, acrescentou.
“Alvo” de Flávio Prado, Corinthians tem dívida astronômica
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, surpreendeu no mês passado ao revelar o valor da dívida do clube. Segundo ele, a quantia ultrapassa a marca de R$ 2 bilhões de reais.
“Mais de R$ 2 bilhões de dívidas, vocês viram o que saíram dos empresários. Vai sair mais coisa”, afirmou Melo, em entrevista ao canal SBT na segunda-feira. “(O Duilio) Assinou a confissão de dívida, renovou contratos que nos trariam uma receita, assinou contratos até 2030, contratos que venciam em 2025. Por que renovar por dois, três dias antes da gente tomar posse?”, disse em entrevista ao SBT.
Apesar disso, o dirigente disse que a situação é contornável por se tratar de um clube com uma torcida consumista. “Tem uma marca forte que dá retorno para qualquer tipo de investimento. O que basta é credibilidade. Estamos jogando limpo, transparente no mercado, porque a gente quer sair limpo no término do mandato.”.