Fluminnse e Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) levantaram pauta contra gramados sintéticos em Conselho Técnico da CBF, na última segunda-feira. Acionista da SAF do Botafogo, que tem elogiada grama artificial no Estádio Nilton Santos, John Textor foi duro ao defender sua opinião.
– A saúde dos jogadores está em melhores condições no sintético. Temos uma alta qualidade que está creditada até por jogadores de outros clubes. As vezes, pessoas que nem pisam na grama ou jogam futebol falam bobagem. Eu queria que eles olhassem o sistema que nós criamos. A grama no Brasil é diferente. Olhe para todas lesões de tornozelo e nas pernas que tivemos em gramados ruins. Se vamos jogar em campos de bezerros na liga, as pessoas devem investir em campos 80% naturais e 20% sintéticos, que é o padrão das grandes ligas no mundo – disse John Textor, em declaração reproduzida peo site “GE”.
A CBF não proibiu gramados sintéticos, mas permitiu a visitantes um treino na véspera e convocou a Comissão de Médicos para debater o tema com a Comissão Nacional de Clubes, que tem Atlético-GO, Fluminense, Fortaleza, Internacional e São Paulo na Série A. Uma consultoria internacional pode ser contratada.
John Textor garantiu que o Botafogo vai se adaptar a qualquer cenário e cobrou melhores condições nos gramados naturais.
– Não critiquem nossa tentativa de tentar algo mais seguro para os jogadores. Vamos falar de elevar o nível. Querem ir para grama natural? Devemos formar a liga, oficializar um padrão, pagar e treinar árbitros. Vamos em frente. Vamos todos pagar US$ 1,3 milhão de dólares (R$ 6,4 milhões) em cada campo, é isso que custa na Premier League. O Brasil merece a qualidade dos melhores lugares do mundo, futebol é bom como em qualquer lugar do mundo. Isso pode impactar nossos shows, mas arrumaremos um jeito. Se quiserem ir para a grama natural no ano que vem, nós iremos. Não enganem, não jogaremos em campo de bezerro, não faz bem aos jogadores – encerrou.