O ge ficou de olho no treinador durante os 90 minutos desse primeiro confronto. Discreto e pensativo no início, o técnico interino fez gestos claros em momentos cruciais para o time. Entre eles, a orientação insistente no posicionamento com marcação alta para obrigar a equipe de Bragança a errar passes.
Sem o destaque do duelo diante do Aurora, Tiquinho Soares pareceu sair cabisbaixo, mas o treinador foi até ele para um abraço acalorado.
Veja imagens de Fábio Matias na beira do gramado em Botafogo x Bragantino
Abaixo, relacionamos alguns momentos do treinador no decorrer da partida:
Antes da bola rolar
Treinador chegou ao banco de reservas antes do time, observou a movimentação e foi cumprimentado por Luan Cândido e Lincoln, com quem trabalhou em seu ex-clube, adversário da noite. Também foi até Pedro Caixinha, treinador do time de Bragança.
Ainda antes do árbitro apitar o início, Fabio bateu palmas por diversas vezes pedindo energia ao time do início ao fim.
Fábio Matias – Botafogo x Bragantino — Foto: André Durão
Bola rolando
Jogo começou e ele passou a caminhar de um lado para o outro, ao estilo de Jorge Sampaoli, que tem esse mesmo hábito.
Com apenas três minutos, ele parecia enérgico, gritando com o time e olhando para o relógio – claramente uma preocupação com o tempo e a ideia de tentar pressionar o time para abrir o placar o mais rápido possível.
Aos nove minutos, Júnior Santos fez jogada individual, finalizou, mas Cleiton defendeu. Após, Fábio pediu para o time segurar a linha de marcação à frente e “sufocar” o adversário.
A orientação foi cumprida, mas dois minutos depois o Bragantino reagiu, em lance que não deu nada. O treinador rapidamente gritou pedindo calma aos seus jogadores, mas demonstrou preocupação com chegadas frequentes do time time de Bragança.
Ele voltou a insistir na marcação alta por volta de 29 minutos, e caminhou seguidamente de um lado para outro. Aos 33, o Botafogo perdeu uma grande chance após bola de Tchê Tchê para Júnior Santos nas costas da zaga. Atacante cruzou para Tiquinho, que chegou atrasado, desperdiçou, mas tinha impedimento.
Fabio Matias em Botafogo x Bragantino — Foto: Vitor Silva / Botafogo
Um incômodo da torcida se estendeu aos jogadores: a cera do goleiro Cleiton em tirou de metas. Com isso, Damián sinalizou para Fábio que falasse com a arbitragem, como pedido de punição ao goleiro.
Por volta dos 35 minutos, o técnico tem a primeira orientação individual. Puxa Gregore e sinaliza tentativas de passes para o lado direito. Logo na sequência, Damián também recebe instruções em fala do treinador. Eduardo também vai em direção a Matias em tom de reclamação, e recebe orientação.
Aliados nas estratégias, o preparador de goleiros, Marcelo Grimaldi, e o auxiliar de Matias, Lucas Batista, trocam ideias com o treinador.
Matias conversa com seus auxiliares — Foto: Reprodução
O gol do Botafogo enfim veio, aos 44 minutos, que teve muita vibração dos jogadores. Fábio Matias virou para seus companheiros, comemorou, e logo se fechou em trio para traçar novas estratégias enquanto o jogo não recomeçava.
Aqui, foi o momento em que ele olhou para os jogadores da defesa, levou as mãos à cabeça como quem pede atenção para o provável ímpeto do Bragantino, que se converteu em gol. O técnico não teve nenhuma reação.
Árbitro apita o término do primeiro tempo, Matias conversa com os auxiliares e deixa o gramado antes dos jogadores.
Fábio Matias comenta marca de Júnior Santos e elogia o atacante: “É um cara comprometido”
Segundo tempo
A primeira alteração feita por Fabio Matias foi com a saída de Tchê Tchê para a entrada de Marlon Freitas. E as conversas com seus companheiros de comissão se estenderam por um bom tempo nos minutos iniciais.
O Botafogo recuou um pouco, mas aos 15 minutos, Barboza tentou um gol por cobertura em balão do setor defensivo. A ideia foi aplaudida pelo treinador, que logo em seguida voltou a caminhar de um lado para o outro.
Logo que viu as primeiras mudanças no Bragantino, com as entradas de Talisson e Vitinho, ele chamou Danilo Barbosa e Marçal. Eles entraram nos lugares de Gregore e Hugo – esse último estava distante, mas desviou para conseguir em direção ao treinador cumprimentá-lo.
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A estreia do início do segundo tempo não mudou e Fabio insistia ao gritos para que o time seguisse posicionado em bloco mais alto e ocupar o espaço ofensivo.
Aos 28 minutos veio o alívio. Júnior Santos, de novo, marca um golaço e sai para o abraço dos jogadores. Enquanto Matias, se vira novamente para seus companheiros e comemora.
Aos 31 minutos, chamou Kauê, que tem feito bons jogos sob o comando do treinador. O escolhido para sair foi Tiquinho, que foi recepcionado pelo treinador com um abraço acalorado – o camisa 9 esteve bem marcado e não conseguiu balançar as redes.
Kauê passou a orientação e ocupou o espaço no meio e pediu a Eduardo que fosse mais à frente, como um falso 9.
Caminhando de um lado para o outro, o técnico seguiu tenso na reta final do jogo. Erguia os braços para ser ouvido, aplaudia roubadas de bola e repetia o pedido de atenção ao jogadores. No apito final, ele vibrou, ingressou no campo para cumprimentar os jogadores individualmente.
– Nossa equipe teve uma coisa boa de manter a combatividade. Isso é fundamental em jogos de Libertadores, faz muita diferença. Entender que tem que ter o pé no chão sempre e manter isso de forma controlada, sem acreditar que conquistou algo. Tem o jogo da volta que vai ser muito dificil – disse o treinador em coletiva de imprensa após o jogo.
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