No sábado que vem André, Samuel Xavier e Marlon estarão de volta.
A questão não é essa.
A questão está em que também Dom Arrascaeta, De La Cruz e Pedro, se não estarão propriamente de volta, continuarão em campo.
E a diferença do Fla para o Flu é abissal.
Nos 16 minutos iniciais , Cebolinha, Pedro e De La Cruz, por terem pegado mal na bola, perderam gols que não estão acostumados a perder.
A bicicleta de Pedro na trave, aos 27, fica na conta da maldade de certos deuses dos estádios, porque ele merecia a consagração.
Já aos 30, a cabeçada de Pedro na mão de Fábio foi culpa dele mesmo, das tais chances imperdíveis.
Nem assim parecia que a máxima do quem não faz toma prevaleceria.
Porque o Fluminense inexistia.
O 0 a 0 do primeiro tempo era como uma bênção de João de Deus e assim foi até os 46 minutos.
Então, aos 47, Pulgar cruzou e Cebolinha fez o 1 a 0 que tardou e que deveria ser o 3 a 0.
O Tricolor voltou com Marcelo no lugar de Diogo Barbosa e, com menos de três minutos do segundo tempo, tanto Ayrton Lucas quanto Paulo Henrique Ganso se machucaram. Viña e Lima os substituíram.
Lembremos que com o 1 a 0 o Flamengo já poderia perder no segundo jogo pela mesma diferença.
Mas nada indicava que o Rubro-negro pararia nisso, porque só Fábio trabalhava e Rossi assistia, sem nenhuma defesa até que a primeira hora do clássico se completasse.
Aos 60’03” ele fez, ao cortar cruzamento perigoso.
No minuto seguinte, Thiago Santos pegou feio em Cebolinha, o assoprador de apito afinou e deu só amarelo, mas o VAR foi correto e o vermelho apareceu.
Fernando Diniz chamou Manoel e tirou Renato Augusto.
O Fluminense entrava em modo administração de danos.
A derrota pela contagem mínima estava barata e ficaria ainda mais se mantida até o fim, com um jogador a menos.
Aos 22, De La Cruz, outra vez, pegou mal na bola e perdeu gol fácil.
Bruno Henrique foi a primeira troca de Tite, no lugar de Luiz Araújo, em má jornada, e Igor Jesus foi a segunda, no lugar de Pulgar.
Passar do meio de campo era uma aventura para o Tricolor.
O Flamengo morava no campo adversário, mas produzia poucos riscos ou finalizava mal na hora agá.
Ganhar tempo trocando passes em seu campo era o expediente tricolor, com pouca eficácia, porque o 1 a 0 permanecia mais por erros rubro-negros, diante de mais de 52 mil torcedores.
Antônio Carlos e Lelê dentro e Felipe Melo e Keno fora, embora a torcida pedisse por John Kennedy.
Cebolinha saiu para Victor Hugo jogar, aos 40.
E o segundo gol não saía nem a fórceps até que Dom Arrascaeta foi ao fundo e pôs a bola na cabeça de Pedro, aos 45, para fazer 2 a 0.
Ainda era pouco, mas melhor que só 1 a 0, o dobro diria o Conselheiro Acácio.
Lembremos o Flamengo pode perder até por dois gols. Só não pode por três, como em 2023.
Aliás, quase poderia, não fosse a grande defesa de Fábio em arremate de Pedro, aos 49.
Reportagem
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