A atual direção do Corinthians, representada pelo presidente Augusto Melo, foi procurada pela reportagem do ge, mas não respondeu ao pedido de resposta sobre as declarações de Duilio.
Entre os assuntos abordados (veja abaixo na íntegra), Duilio se defendeu das recentes cobranças sofridas pelo Corinthians dos empresários Carlos Leite e André Cury. A dupla cobra ao todo cerca de R$ 89,5 milhões referentes a comissões, negociações passadas e direitos de imagem atrasados de jogadores representados por eles.
– Sobre ações de empresário, o que temos hoje é uma diretoria que se sente livre para torrar, nos dois primeiros meses de 2024, R$ 129 milhões em contratações, ostentando gastos sem honrar compromissos, queimando pontes com credores.
– Procurem um único clube da Série A que não tenha canal aberto ou negócios com André Cury e Carlos Leite. A inabilidade da atual gestão fica escancarada quando esses empresário afirmaram, em público, que não conseguiram nenhum contato com o clube antes de buscarem direitos na Justiça – disse Duilio.
Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo chegaram a fazer transição amigável no Corinthians — Foto: Divulgação
– Sobre o Matías Rojas, que é representado por André Cury, é evidente que saiu porque a atual gestão descumpriu um acordo que ela mesma fez. É muito simples: se a cláusula de saída imediata existisse em 2023, ele teria saído em 2023. Todos ouvimos a atual gestão afirmar que Rojas não recebia pagamento “desde que chegou”.
– Mentem sem parar e caem na própria mentira. É evidente que a gestão Augusto Melo renegociou em janeiro as pendências do fim de ano com Rojas e incluiu uma nova cláusula – de saída imediata em caso de não pagamento. Por isso que o jogador saiu livre e o clube não pôde fazer nada. Seria importante que essa gestão, que prega tanto pela transparência, mostrasse as condições acertadas com Rojas.
Matías Rojas foi apresentado ainda na gestão de Duilio Monteiro Alves — Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians
Duilio Monteiro Alves ainda criticou a condução de Augusto Melo na presidência do Corinthians e afirmou que não ficará calado diante da “fuga das responsabilidades” da nova gestão do clube.
– Por fim, quando sobra amadorismo e faltam resultados, o que resta são promessas não cumpridas, cortina covarde de fumaça e fuga das responsabilidades. Não posso aceitar isso calado e faço questão de que a Fiel saiba a verdade. Vamos conversar mais pelo bem do Corinthians.
A eleição de Augusto Melo no Corinthians para o triênio 2024/25/26 representou a mudança de grupo político no poder do clube. Foi o fim da dinastia imposta pelo grupo Renovação e Transparência no clube desde 2007, ano do primeiro mandado de Andrés Sanchez no cargo de presidente.
De lá para cá, todos os presidentes que passaram eram do grupo Renovação e Transparência: Andrés (2007 a 2011), Mário Gobbi Filho (2012 a 2014), Roberto de Andrade (2015 a 2018), Andrés novamente (2018 a 2020) e Duilio (2021 a 2023).
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