John Textor mexeu com o futebol brasileiro ao apontar corrupção na arbitragem do país e prometer oficializar denúncia em até 30 dias. O STJD se incomodou e pediu para receber as provas em três dias, o que foi ignorado pelo acionista da SAF do Botafogo, que alegou que o tribunal “não tem competência” para o caso, prometendo entregar o que tem para o Ministério Público.
Nesta terça-feira, o STJD abriu inquérito para apurar as denúncias de John Textor, mesmo sem ter acesso às provas.
– O inquérito tem como objetivo apurar uma infração disciplinar e sua autoria. No momento que o Textor diz ter uma prova de manipulação de resultados, a Procuradoria deve agir, para apurar eventual existência de manipulação de resultado e pela integridade da competição e para saber quem é esse árbitro – explicou Ronaldo Piacente, procurador-geral do STJD, ao blog “Panorama Esportivo”, de “O Globo”.
– O inquérito não é contra ele. Ele não é investigado – admitiu.
O STJD reconheceu que Textor pode se posicionar pelos caminhos legais.
– As provas ele tem o dever legal de entregar para o Ministério Público para analisar a questão criminal e entregar para justiça desportiva apurar a infração disciplinar. São coisas distintas. Exatamente como foi feito na Operação Penalidade Máxima, onde atuaram em conjunto o MP de Goiás e a Procuradoria do STJD – declarou.