Quando foi exigido um maior nível de competitividade, o Paysandu acabou mostrando muitas deficiências, o que causa preocupação para a principal competição do ano, que terá início em abril.
quinta-feira, 14/03/2024, 07:58
– Autor: Kaio Rodrigues
Kaio Rodrigues
O Paysandu chegou para enfrentar o Juventude, no Alfredo Jaconi, pela segunda fase da Copa do Brasil, com uma invencibilidade de 11 jogos na temporada e tendo sofrido apenas dois gols neste período, em jogos do Campeonato Paraense e Copa Verde.
O técnico Hélio dos Anjos já havia dito que tais partidas pelas competições regionais não eram parâmetro para o Papão avaliar o nível, já que irá disputar a Série B a partir do próximo mês. E, ao enfrentar o segundo colocado da Segundona de 2023, a preocupação foi justificada.
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A derrota por 3 a 1 para o Jaconero mostrou primeiro uma leitura errada do técnico Hélio dos Anjos. Edinho, apesar de ter jogado contra Rio Branco e Bragantino, após se recuperar de lesão, continua sem ritmo de jogo, mas ganhou a posição de titular.
O meia Robinho tem uma qualidade técnica indiscutível, porém a parte física pesa e ele ainda não conseguiu chegar no ideal na temporada. O volante Gabriel Bispo, que perdeu a bola no primeiro gol, é lento e não dá dinamismo nas saídas de bola e nem tem força na marcação.
Não foi à toa que Hélio dos Anjos substituiu no intervalo Bispo e Edinho. Logo depois, foi a vez de Robinho sair. Vinícius Leite, autor do golaço de honra do Papão, já mostrou que a ponta esquerda é dele, até chegar um reforço melhor.
Biel é um bom jogador, mas falta maior dinâmica em uma posição que abastece os atacantes. Ou seja, o Paysandu possui dois meias armadores que não estão suprindo como deveriam as necessidades dos homens de frente.
Alguns pontos que precisam ser revistos pela comissão técnica: espaçamento entre meio de campo e a defesa. Volantes que não dão segurança para os zagueiros; é preciso de um camisa 5 que “morda”. Zaga que não tem muita velocidade, mas que marca em linha e adiantada.
Além disso, falta uma dinâmica melhor para o meio de campo. A criação precisa ser maior e quando dizemos isso, queremos falar de chances claras criadas para finalização. Está havendo muita bola na área, o que muitas vezes é vantagem para a defensiva adversária.
A postura do Lobo também poderia ser mais defensiva, abrindo mão do estilo de jogo que vem usando na temporada. Hélio tentou confrontar o Juventude, que apesar de não ter um nível técnico alto para os padrões da Série A, certamente tem mais qualidade que os paraenses.
Está tudo errado com o Paysandu de Hélio dos Anjos? Não! Existem bons valores no elenco bicolor, mas, obviamente, faltam peças pontuais para que o treinador possa elevar o nível da equipe e poder competir com outros elencos de maiores investimentos.
Sem Copa do Brasil, é hora de virar a chave e focar no Campeonato Paraense. No domingo (17), os bicolores recebem o Bragantino na Curuzu, às 17h. Com 3 a 0 de vantagem no agregado, só se perder por quatro gols para ficar de fora das semifinais.
A estreia do Lobo na Série B do Campeonato Brasileiro será contra o Santos, fora de casa. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não detalhou os jogos, mas a primeira rodada acontece entre os dias 19 e 21 de abril.
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