O Nova Iguaçu fez história no Maracanã. Na tarde deste domingo (17), com mais de 60 mil presentes no estádio, a equipe venceu o Vasco por 1 a 0, e está em sua primeira final do Campeonato Carioca de sua história. O gol foi marcado por Bill.
Com a vantagem de dois resultados iguais, por possuir melhor campanha, o Laranja Mecânica se agarrou ao regulamento e foi valente. Evitou se arriscar e foi premiado.
Se no primeiro jogo foi dominante, neste segurou a pressão e soube ser letal para chegar à grande decisão contra o Flamengo.
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História 18 anos depois
Foram 18 anos para a final do Campeonato Carioca não ter dois representantes dos quatro grandes do Estado. A última vez que isso aconteceu foi em 2006, quando o Madureira foi derrotado na decisão pelo Botafogo.
O Nova Iguaçu enfrenta o Flamengo em desvantagem dessa vez. O Rubro-Negro é quem joga por dois resultado iguais, já que teve melhor campanha na primeira fase.
Tensão e equilíbrio
Em desvantagem no confronto, o Vasco entrou em campo precisando vencer. Com o Maracanã abarrotado, a equipe tentou exercer pressão nos primeiros minutos, mas o forte calor impedia o dinamismo da partida.
Aos poucos, o Nova Iguaçu foi entrando no jogo e cadenciando por possuir a vantagem de empatar para avançar. As poucas chances criadas, nos primeiros 30 minutos, mostraram um total equilíbrio no jogo.
Os goleiros pouco trabalharam e o relógio começou a virar inimigo do Vasco, aumentando a tensão que cercava o duelo.
Pouca inspiração inicial
O Vasco buscou a vitória apenas na base do abafa. A equipe foi pouco criativa durante todo o primeiro tempo e a melhor chance foi em jogada individual.
Galdames quase marcou um belo gol para o Vasco, depois de chute de fora da área, defendido por Fabrício. Do outro lado, o Nova Iguaçu apostou nos cruzamentos e levou perigo em uma saída errada de Leo Jardim.
Desespero vascaíno
Com o relógio trabalhando contra, o desespero no Vasco e na torcida foi aumentando a cada minuto. Em determinados momentos, o apoio das arquibancadas se transformou em silêncio.
Ao ser substituído, Praxedes deixou o campo muito vaiado pelas vozes vascaínas. A cada ataque, a tensão aumentava ainda mais no Maracanã.
Tudo piorou quando Yuri Elino marcou pênalti de Lucas Piton. O VAR logo chamou e o árbitro voltou atrás. A bola tocou na costela do camisa 6 e não no braço como o árbitro havia assinalado. Um momento de alívio para a torcida.
Histórico!
O que está ruim, sempre pode piorar. E piorou. Em um saída de bola rápida do goleiro Fabrício, Yago encontrou Carlinhos, que só amorteceu para Bill dominar e bater sem chances para Léo Jardim. O pesadelo parecia não ter fim: 1 a 0 para o Nova Iguaçu, com 29 minutos do segundo tempo.
O Vasco pressinou após o gol, criou chances, mas não foi o suficiente. A promessa de Ramón Díaz foi quebrada. O Cruzmaltino não vai jogar a final do Carioca, como ele previu.
Um sol para cada um
A queda da dinâmica no confronto tem um culpado: o calor no Rio de Janeiro. Com o duelo marcado para às 16h (de Brasília), o termômetro chegou a apontar cerca de 60 graus no gramado do Maracanã.
Só na primeira etapa, foram necessárias duas paradas técnicas por parte da arbitragem para os jogadores se hidratarem. No segundo tempo, mais uma parada técnica.
Nova Iguaçu 1×0 Vasco
Nova Iguaçu
Fabrício; Yan (Cayo Tenório), Gabriel Pinheiro, Sérgio Raphael e Maicon; Igor Guilherme (Ronald), Albert, Yago (João Victor) e Bill (Sidney); Xandinho (Alegria) e Carlinhos. Técnico: Carlos Vítor.
Vasco
Léo Jardim; Rojas (David), João Victor, Léo e Lucas Piton; Medel, Galdames (Paulo Henrique), Praxedes (Sforza) e Payet; Adson (Clayton) e Vegetti. Técnico: Ramón Díaz.
Gols: Bill (aos 29min do segundo tempo) para o Nova Iguaçu
Cartão amarelo: Xandinho, Carlinhos e Sidney (NIG); Payet, Rossi, Medel e Paulo Henrique (VAS)
Cartão vermelho: Nenhum
Motivo: Segundo jogo da semifinal do Campeonato Carioca
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Data e hora: 17 de março de 2024, às 16h (de Brasília)
Renda e público: R$ 3.611.055,00/60.429 presentes
Árbitro: Yuri Elino Ferreira da Cruz
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique e Wallace Muller Barros
Arbitro de vídeo: Rodrigo Carvalhães de Miranda
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Jornalista esportivo desde 2006 e com passagens por Lance!, Extra e assessorias de marketing esportivo. É correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Tem pós-graduação em Jornalismo Esportivo e formação em Análise de Desempenho voltado para mercado.