O Tribunal de Barcelona decidiu que Daniel Alves deve cumprir prisão por quatro anos e seis meses após ser considerado culpado em caso de estupro. Apesar disso, a Justiça da Espanha vai promover uma audiência para decidir se o ex-jogador pode ou não ser liberado. Isso porque a defesa do brasileiro pediu a soltura dele até que a punição pelo crime seja confirmada.
A reunião no Tribunal de Barcelona vai ocorrer na próxima terça-feira (19), às 5h de Brasília (9h no horário local). A informação é da agência ‘EFE’.
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Daniel Alves recebeu a condenação de quatro anos e meio de prisão após ser considerado culpado por estupro de uma jovem. O episódio ocorreu no banheiro da discoteca Sutton, em Barcelona, na noite de 30 de dezembro de 2022.
O Tribunal de Barcelona ainda estabeleceu ao ex-jogador a liberdade vigiada por cinco anos depois que ele deixar a prisão, assim como o pagamento de 150 mil euros de indenização e o impedimento de tentar qualquer contato ou aproximação com a vítima por nove anos e meio.
Mais detalhes do caso de Daniel Alves
Além de pedir a liberdade provisória do brasileiro, a advogada Inés Guardiola entregou um recurso que contesta a condenação. Ela questiona a circunstância atenuante alegando reparação de danos.
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A defesa do ex-jogador reitera que a questão financeira deverá haver debate posteriormente. A advogada argumenta que Daniel Alves pediu que os 150 mil euros da fiança fossem entregues à vitima em duas oportunidades. Contudo, a jovem descartou a indenização.
Por isso, a defesa do ex-atleta pede a reavaliação da circunstância atenuante como qualificada e não somente simples, como classificou o Tribunal. Em contrapartida, o Ministério Público Espanhol também entrou com recurso. No pedido, a instituição governamental solicita a exclusão da circunstância atenuante da reparação do dano.
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O Ministério Público entende que tal condição não se adequa ao caso de Daniel Alves. Para a instituição, o ex-jogador não teve qualquer tipo de esforço reparatório e e teria de pegar pena maior.
O órgão do governo espanhol entende que a quantia para indenização se encaixa na condição financeira de Daniel Alves. Afinal, ele pagou os mesmos 150 mil euros quando a juíza de instrução estabeleceu esse valor como fiança, quando, em um primeiro momento, o ex-jogador recebeu a notificação do processo – sem sequer assumir responsabilidade pelos atos ou pedir desculpas.