Justiça da Espanha concede liberdade provisória a Daniel Alves
Inés esteve na prisão de Brians 2, onde está Daniel Alves, ao lado da também advogada Miraida Puentes Wilson e de um amigo do jogador, Bruno. Guardiola foi questionada pelos jornalistas presentes sobre a situação do brasileiro e se limitou a dizer que ele não iria ser libertado nesta quarta-feira.
Perguntada sobre a origem do dinheiro para o pagamento da fiança e uma possível ajuda do pai do Neymar, Inés apenas respondeu:
“Eu não sei”, disse a advogada, sobre como Alves vai pagar.
“A justiça espanhola precificou o estupro”, diz PC Vasconcellos sobre concessão de liberdade provisória para Daniel Alves
Daniel Alves está com as contas bloqueadas no Brasil devido a uma disputa judicial com a ex-esposa, Dinorah Santana. Na Espanha, houve bloqueio de valores desde a acusação de agressão sexual.
Durante o julgamento, Inés Guardiola, advogada do jogador, afirmou que o brasileiro tinha uma dívida de 500 mil euros (R$ 2,7 milhões) com o Ministério da Fazenda espanhol e duas contas no país, sendo uma com 50 mil euros (R$ 272 mil) e outra com saldo negativo de 20 mil euros (R$ 109 mil).
A informação foi publicada na época pelo portal UOL e depois confirmada por Neymar pai, em entrevista à CNN, como “ajuda a um amigo”. Ainda segundo o La Vanguardia, o pai de Neymar se colocou à disposição do jogador para ajudá-lo financeiramente no processo.
Inés Guardiola, advogada de Daniel Alves, em visita ao jogador na prisão em Barcelona nesta quarta-feira — Foto: Bruna Casas/Reuters
O dinheiro também poderia ser proveniente de uma indenização do Ministério da Fazenda espanhol. No fim de fevereiro, o La Vanguardia informou que Daniel Alves receberia 1,2 milhão de euros (R$ 6,5 milhões) do órgão, em ganho de causa contra o Fisco do país. Ele discordava da tributação dos valores cobrados pelos serviços de intermediação do agente Joaquín Macanás, na altura da renovação de contrato com o Barcelona entre 2013 e 2014.
– Para ela (vítima), foi um balde de água fria, sobretudo porque não posso lhe dar uma explicação em termos legais (sobre a decisão), porque não consigo encontrar uma explicação legal – comentou García.
“O risco de fuga é evidente”, disse a advogada da vítima.
A decisão desta quarta determina que Daniel Alves tenha liberdade vigiada mediante o pagamento da fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,45 milhões). Assim que o depósito for confirmado, ele poderá ser solto para aguardar o julgamento dos recursos do caso, que pode ir a mais duas instâncias.
O Ministério Público e a advogada da vítima recorreram da decisão de quatro anos e meio de prisão: o MP pede nove anos de pena, e a acusação quer 12 anos. A defesa de Daniel Alves também recorreu e pede a absolvição completa.
Advogadas Inés Guardiola (direita) e Miraida Puentes Wilson (esquerda), e o amigo de Daniel Alves, Bruno, em visita ao jogador na prisão — Foto: Bruna Casas/Reuters
Inés Guardiola, advogada de Daniel Alves — Foto: Bruna Casas/Reuters
