Raniele completou na terça-feira dois meses de Corinthians. O pouco tempo no primeiro clube gigante da carreira, contudo, já o fez cair nas graças da torcida, que está eufórica com o espírito de luta do volante de 27 anos. O baiano de Barra Grande não esconde estar vivendo a ápice da carreira e espera cativar ainda mais as arquibancadas. Para isso, acredita em realização de um grande Brasileirão e Copas do Brasil e Sul-Americana, na qual a equipe estreia diante do Racing, dia 2 de abril, no Uruguai.
Ainda sob o comando do técnico Mano Menezes, Raniele foi substituído em alguns jogos e a torcida protestou contra o técnico. O volante até recebeu uma enorme bronca do treinador por chute longe do alvo e mostrou humildade para não reclamar. Atualmente, é o dono da posição e tudo o que faz em campo é motivos para vibração dos corintianos pela doação e luta.
Em entrevista para a TV Corinthians, Raniele revelou que está “desfrutando do filé” na carreira após passagens por diversas agremiações pequenas, a começar pelo interior da Bahia, em baixa Grande, onde nasceu.
“Espero que essa conexão com a torcida possa aumentar mais ainda”, afirmou o volante, bastante feliz por ter o nome cantado todo jogo e por já ter virado um dos xodós dos corintianos em 2024. “Passei por bastante lugares, saí de casa bem novo. Comecei no interior da Bahia. E roí bastante osso, até chegar no filé agora, graças a Deus.”
Típico jogador que “ganha” a exigente torcida por dar carrinho, não desistir de jogadas, roubar bolas e até aparecer no ataque para buscar finalizações, Raniele revelou que o segredo do sucesso é a simplicidade e se cuidar bastante.
“Sou um menino que venho do interior da Bahia com infância toda em uma cidade de 20 mil habitantes. Quando vim para São Paulo (passou por clubes do interior) foi um baque enorme. Mantive a mesma essência, sou bastante caseiro, procuro me cuidar para ter uma longa carreira”, revelou. “Quando não estou em campo, vejo séries e jogo videogame.”
Raniele aproveitou para revelar que teve uma infância complicada, mas vê na família o apoio necessário para trilhar sucesso na carreira. “Foi uma infância difícil, mas nunca faltou nada de alimentos e moradia. Nunca passei fome graças a Deus. Tudo foi muito limitado, sem regalia, não podia sair fim de semana. Mas tive uma alicerce da família, com pai e mãe me passando de tudo para ter respeito, caráter e me tornar o homem que sou hoje”, elogiou.
“Para mim (estar no Corinthians) é uma sensação de orgulho enorme. Não sou de demonstrar emoção, mas meu pai chorou, meu irmão também quando acertamos o contrato. Eles viram a escalada que foi, o trabalho para chegar e viver esses momentos no Corinthians. Algo que me mexeu muito e deu a sensação de dever cumprido.”