A Seleção Brasileira entra em campo neste sábado (23), no Wembley em Londres, para enfrentar a anfitriã Inglaterra e contará com João Gomes, Lucas Paquetá e Vini Jr. A presença dos três garotos do Ninho refletem o sucesso do trabalho de formação realizado no Flamengo. Em entrevista à Itatiaia, o gerente de futebol Luiz Carlos destacou como a trajetória dos atletas é motivo de orgulho para o clube.
“Você ter atletas formados no seu clube na seleção principal, jogando as grandes competições na Europa, na sua equipe principal, é um motivo de orgulho, de muita satisfação, e, além disso, chancela ainda mais o processo. É algo que se retroalimenta para que o clube possa estar investindo, captando, desenvolvendo cada vez mais jogadores”, celebrou o dirigente.
No cargo de gerente de futebol desde fevereiro, substituindo Fabinho Soldado, Luiz Carlos tem sua trajetória ligada às divisões de base. O profissional chegou ao Flamengo em 2015, como coordenador de captação, cargo o qual ocupou até 2021. Então, tornou-se gerente geral do futebol de base do Rubro-Negro.
Portanto, Luiz Carlos acompanhou de perto a transição de Vini Jr, Paquetá, João Gomes e muitos outros garotos de Ninho que hoje estão em grandes clubes da Europa, os quais foram beneficiados pelos processos desenvolvidos no Ninho do Urubu.
“Todo o processo relacionado ao futebol de base é um processo de médio e longo prazo e envolve uma série de situações. Desde a captação, ao desenvolvimento e a transição. Do futebol de base às oportunidades que o futebol profissional dá a esses atletas performarem. Esse processo no Flamengo, dessas quatro etapas, está muito bem alinhado hoje”, afirmou Luiz Carlos.
Outro fator que valoriza o trabalho feito no Ninho do Urubu é que os três chegaram ao Flamengo antes dos 12 anos, passando por todas categorias do clube antes de despontarem no cenário mundial. Desta forma, João Gomes, Lucas Paquetá e Vini Jr são três exemplos de jogadores com o DNA rubro-negro que dá rumo ao trabalho desenvolvido no clube.
“Os três chegaram ao clube antes dos 12 anos. E, aí, se constrói toda uma identificação. Quanto mais jovem, mais fácil de criar o DNA rubro-negro. O nosso desejo, antes que sigam suas trajetórias, é que consigam desempenhar em nossa equipe, como o João, campeão da Libertadores e da Copa do Brasil. É um ciclo onde se busca repetir com diversos atletas na mais alta eficiência e excelência”, explicou Luiz Carlos.
Retorno técnico e financeiro
A missão das divisões de base é formar profissionais que deem retorno técnico e financeiro ao Flamengo, e assim aconteceu com Vini Jr, Lucas Paquetá e João Gomes. Os dois primeiros, negociados em 2017 e 2019, respectivamente, com Real Madrid e Milan, seguem como as maiores vendas do clube, ambos por R$ 150 milhões.
João Gomes está entre as últimas grandes negociações do Flamengo: o Wolverhampton investiu R$ 104 milhões na contratação do volante em janeiro de 2023. O camisa 35 foi quem mais atuou com o Manto entre os três: fez 117 partidas e conquistou o Brasileirão, a Copa do Brasil, a Libertadores e a Supercopa do Brasil.
Promessa desde as categorias inferiores, Vinícius Júnior fez 55 jogos antes de completar 18 anos e transferir-se para o Real Madrid – o suficiente para criar grande identificação com a Nação, assim como Lucas Paquetá, que somou 74 partidas pelo Rubro-Negro. Se deixaram o Ninho do Urubu sem levantar taças pelo time principal, as suas vendas foram determinantes para a construção das equipes montadas na sequência e que acumularam conquistas nas últimas temporadas.
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Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.