Podcast GE Flamengo debate o adversário “altitude” no Grupo E da Libertadores
Canhoto e de 1,87m, Carbone se consolidou como um dos destaques da base rubro-negra sendo capitão das principais conquistas do sub-17 (a Copa do Brasil e a Supercopa em 2022), além de ser uma das peças principais do elenco campeão do Brasileirão Sub-20 em 2023 e do inédito título da Libertadores conquistado nesta semana.
– Desde que cheguei ao Flamengo acredito que esteja evoluindo, tanto dentro quanto fora de campo também. E espero que eu continue nesse processo para minha melhor versão. Meu sonho agora, sem dúvida nenhuma, é subir para o profissional e ajudar – disse o garoto ao ge.
Carbone era capitão do time sub-17 do Flamengo — Foto: Foto: Gilvan de Souza/Montagem: ge
Foi assim ele que chamou atenção e foi convocado em janeiro pela comissão técnica de Tite para fazer parte da pré-temporada do Flamengo nos Estados Unidos. Carbone embarcou para Orlando com a delegação principal e viveu os primeiros momentos de integração com o elenco pouco antes de fazer a estreia como profissional, no amistoso contra o Philadelphia Union.
– Quando fui chamado fiquei surpreso, para falar a verdade. Tinha acabado de voltar de uma lesão e, logo depois, voltei a jogar na Copinha. Foi quando recebi a notícia de que ia fazer a pré-temporada com o profissional. Graças a Deus consegui aproveitar bem essa oportunidade.
O próximo passo com o profissional já está em andamento. Com a data Fifa, o zagueiro foi convocado novamente pela comissão técnica para participar dos treinamentos. O processo de transição do jogador está definido para ser feito ao longo deste ano. Carbone participará dos treinos que Tite sentir necessidade, mas seguirá representando o sub-20 nas principais competições do ano.
Carbone em treino do Flamengo — Foto: Divulgação
O jovem de 19 anos, que tem a carreira gerida pelos empresários Lucas Pires e Marcelo Sander, da Alpha Omega SE, é mais um abraçado por David Luiz, que curiosamente é uma de suas referências para a posição. O zagueiro de 36 anos desde que chegou ao clube em 2021 é quem assume o papel de conversar, orientar e ajudar na integração dos jovens – além de ajudar na recuperação de atletas em baixa, como aconteceu com Rodinei, Pedro e Matheuzinho.
– Foi um cara que eu me aproximei muito na nossa pré-temporada nos Estados Unidos. Sempre procura corrigir os erros e eu sempre tento escutar. É uma coisa que não imaginaria estar vivendo ao lado de grandes jogadores como ele e os demais. Vou procurar absorver tudo não só com ele, mas com todos.
A presença de Carbone entre os profissionais acontece enquanto Viña está com a seleção do Uruguai e Ayrton Lucas está com a Seleção, assim como Fabrício Bruno. Apesar de ser zagueiro, o garoto tem origens como lateral-esquerdo e foi recuado para atuar na zaga por conta da altura ainda nos tempos de Grêmio, onde ficou até 2021 antes de chegar no Flamengo.
A estreia no profissional
Carbone em Flamengo x Philadelphia Union — Foto: Marcelo Cortes / CRF
Foi com visual novo por conta do cabelo raspado por Gabigol que Carbone fez a primeira partida como profissional. E já como titular. O zagueiro foi uma surpresa na escalação para enfrentar o Philadelphia Union, o primeiro amistoso em solo americano.
O voto de confiança aconteceu após algumas sessões de treinamento e muitas conversas com a comissão técnica. O nervosismo, que o fez errar passes bobos nos primeiros minutos do jogo, rapidamente passou, e Carbone participou da jogada em que Cebolinha sofreu o pênalti cobrado por Pedro para abrir o placar.
Tite faz discurso sobre estreia do zagueiro Carbone no profissional do Flamengo
O passe para Cebolinha foi celebrado pelos companheiros ainda no gramado do Al Lang Stadium, em São Petersburgo. Mas não parou por aí. O menino foi pauta no vestiário e ouviu elogios devido a “volta por cima” em menos de 45 minutos em campo (veja no vídeo acima). A personalidade, que o fez ser um dos destaques de sua geração, aos poucos aparece também no profissional.
– O professor Tite além de estar no topo da profissão é um ser humano que nem tenho palavras para descrever. Tanto ele como a comissão têm um cuidado com a parte humana do atleta, que é fora de série. Eles sabem como tratar cada um individualmente. E ser citado por ele em uma situação que envolva o profissional é motivo de grande honra para mim. Mas sei que essas palavras trazem também mais responsabilidade. Estou pronto para isso.
Família esportista
Foto 1: Carbone com o avô / 2: com a mãe, Eloiza Schlickmann / 3: com o pai, Rodrigo / 4: com a tia, Gabriela — Foto: Arquivo Pessoal
O futebol é o esporte de destaque na família, mas não é o único. O vôlei também tem um espaço importante na vida de Carbone. A ligação com a quadra fica por conta da mãe, Eloiza Schlickmann, que é ex-jogadora do Botafogo e do Jaraguá do Sul, e da tia Gabriela Carbone, ex-Flamengo.
No campo, o avô é o elo maior com o futebol: Jose Luiz, que também era conhecido pelo sobrenome Carbone, defendeu a seleção brasileira e as camisas do Internacional, Grêmio e Botafogo. Além disso, se tornou treinador e comandou clubes como Inter, Palmeiras, Cruzeiro, Guarani e Fluminense. Foi campeão carioca com o Tricolor em 1983.
Carbone em fugurinha da Seleção em 1974 — Foto: Reprodução
Carbone, o neto, é a terceira geração da família que vive o futebol diariamente. Isso porque o pai do zagueiro também foi jogador de futebol profissional. O ex-atacante Rodrigo Carbone teve uma passagem rápida pelo Fluminense nos anos 90 e inclusive fez parte do elenco campeão do Carioca de 95 (título conhecido pelo gol de barriga de Renato Gaúcho em cima do Flamengo).
– Eu venho de uma família esportiva, mas nunca tive pressão para seguir nesse caminho. Sempre tive apoio e investimento, mas foi uma coisa que veio de mim. Eu sempre quis. E a partir dessa questão do apoio e do investimento, eu passei a me esforçar mais ainda. Você abre mão de muita coisa, mas colhe lá na frente. Vem sendo assim e espero que continue.
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