Dono da SAF do Botafogo, John Textor deixou a Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro, pouco depois de 19h desta quarta-feira, após prestar depoimento por aproximadamente três horas. O empresário americano depôs sobre os supostos casos de manipulação de resultados no futebol brasileiro, que ele afirma ter provas.
John Textor deixa a Cidade da Polícia após prestar depoimento
Curiosamente, ele deixou a Cidade da Polícia com o jogo entre Botafogo e Junior Barranquilla em andamento. Na saída da delegacia, o dirigente não falou com a imprensa e seguiu para o Estádio Nilton Santos para acompanhar a partida
Acompanhado por três advogados, Textor compareceu ao local logo após desembarcar no Rio – veio da França com Artur Jorge, técnico contratado para assumir o clube. Ele chegou à Cidade da Polícia por volta das 16h.
John Textor deixa a Cidade da Polícia no Rio de Janeiro — Foto: Jéssica Maldonado
A Polícia Civil, por meio da Delegacia do Consumidor, instaurou inquérito após uma manifestação do Ministério Público do Rio de Janeiro. A Notícia de Fato, que tramita no Grupo Temático Temporário (GTT Desporto/ MPRJ), gerou a abertura da investigação policial.
Segundo o Ministério Público, o inquérito tramita em sigilo e, por isso, “não há informações que possam ser compartilhadas”.
O Ministério Público foi provocado pelo Juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada em Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro do Rio de Janeiro, a se manifestar. O magistrado tomou a decisão após Textor dizer que tinha árbitros gravados reclamando de não terem recebido propinas combinadas.
Desde então, Textor nunca apresentou as provas que afirma ter. E, baseado em relatório de inteligência artificial, levantou suspeitas de manipulação em jogos do Palmeiras contra Fortaleza (2022) e São Paulo (2023). O empresário responde em processos no STJD. Tanto Palmeiras quanto São Paulo afirmaram que iriam processá-lo.
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