Em entrevista ao UOL nesta sexta, o filho caçula de Lula disse que provará a sua inocência. “Jamais agrediria ela. Desde o término do relacionamento, em janeiro deste ano, sempre fui muito atencioso com ela (…) Nunca chamei ela destes nomes todos que ela diz”, afirmou.
Natália disse que a violência se intensificou nos últimos anos, o que coloca em risco a sua integridade física e mental. Ela contou à polícia que chegou a ser afastada do trabalho por um mês devido ao trauma causado pelas agressões. A mulher relatou que foi hospitalizada com crises de ansiedade e que recebe ameaças e ofensas constantes do denunciado, que a chamou de “doente mental”, “feia” e “vagabunda”.
No boletim de ocorrência, consta a informação de que Luis Claudio a teria manipulado para não prestar queixa. “Ser manipulada e ameaçada para não denunciar as agressões, sob a alegação de que o agressor é filho do presidente e que possui influência para se safar das acusações”, narrou. “Meu pai vai me proteger e vai sair perdendo, eu vou acabar com sua alma. Vou falar para todos que você é uma insana, ninguém irá acreditar em você”, teria dito o denunciado, segundo a ex-companheira.
Natália afirmou que residiu com o filho de Lula por dois anos. Nesse período, ela relatou que ele chegava em casa “bêbado” e tentava entrar em seu quarto “de todas as formas”, mesmo que ela “pedisse para ficar distante”.
Ela denunciou ainda que ele manteve relações sexuais com outras mulheres “sem proteção”. “Contraiu infecção e me expôs em risco conscientemente”.
O caso será investigado. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo informou que as investigações do caso foram encaminhadas para a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher.