Bicampeão da Copinha com a Ponte monta projeto social
Quando jogador, conquistou duas edições da Copa São Paulo de Futebol Júnior pela Ponte Preta, sendo artilheiro nas duas, foi medalha de prata com a Seleção nos Jogos Olímpicos de 1984 e terminou como goleador do Botafogo na campanha do vice brasileiro de 1992, com 12 gols – no geral, só ficou atrás de Bebeto, do Vasco, com 18.
– Fiz vários gols no Botafogo. Também fiz quatro gols no primeiro título da Copinha, depois eu voltei do profissional para os juniores na segunda Copinha e fiz oito gols – lembra Chicão.
A lista de feitos dentro das quatro linhas é grande, mas a grande vitória da vida dele foi fora dos gramados. Chicão sofreu dois derrames. O primeiro ocorreu em 1999. Depois, em 2007, o segundo AVC foi mais grave e o deixou com sequelas.
Chicão, ex-atacante de Ponte, Botafogo e seleção brasileira — Foto: Alex Cardim/ EPTV
– Mesmo desenganado pelos médicos, ele falava que iria viver e continuar. Ainda teria uma vida. Isso mostra que vai muito além do atleta – diz o filho Franco.
Chicão ganhou a batalha contra os problemas de saúde e tem superado os impactos do último derrame para continuar a sua história com o futebol.
Ao lado do filho, que tentou ser zagueiro, mas não virou profissional, o ex-atacante tem um projeto social em Campinas, com jovens da periferia.
É o “Pratas do Cafezinho”, uma das favelas da cidade, onde viveu bons momentos com a camisa da Ponte Preta e agora tenta retribuir passando a experiência para quem precisa de uma palavra de apoio.
Chicão, ex-atacante, ao lado do filho — Foto: Alex Cardim/ EPTV
A inspiração para os mais novos estão bem na frente deles: dentro e – principalmente – fora de campo.
– A ideia é entregar para eles uma oportunidade de ter campo, bola e mentores. Alguém que fala “vamos, não desiste, vem por aqui, escolhe o caminho do esporte”. A inspiração transforma. O Chicão saiu do meio do nada e chegou por força de vontade, determinação. Todo mundo é capaz de ajudar. Cada um fazendo um pouquinho, a sociedade muda – afirma Franco, emocionado com a trajetória do pai.