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O desfecho do “caso Cássio” tem potencial para afetar a política corintiana.
O presidente do clube, Augusto Melo, sofre cobrança da oposição para responder a questões relativas ao contrato de patrocínio com a VaideBet. O ponto central é sobre o clube ter topado pagar R$ 25,2 milhões de comissão para uma empresa que trabalhou em sua campanha na eleição no Alvinegro.
O mesmo assunto motivou um conflito público entre Augusto e seu ex-diretor de futebol, Rubens Gomes, o Rubão.
Nesse cenário, a simples saída de Cássio, em tese, já serviria de munição para a oposição.
A administração atual pode ser rapidamente carimbada pelos opositores como a “administração que perdeu um dos maiores ídolos da história do Timão”.
Justiça seja feita, a diretoria tentou segurar Cássio desde que soube de seu desejo de rescindir o contrato. Porém, ele insistiu na saída. O goleiro interessa ao Cruzeiro. Seu compromisso com o Alvinegro termina no fim do ano.
Só que, na política, justiça não costuma ser o forte de quem tenta atingir um adversário. Já pensou o barulho que os opositores podem fazer, caso Cássio saia sem que o Corinthians receba um centavo?
Até a conclusão deste post, as partes seguiam negociando. O discurso na direção é de que haverá um acordo que agrade a todos. E que Cássio será tratado como ídolo.
Para tornar o tema mais sensível, o jogador é agenciado por uma empresa de Carlos Leite. O agente cobra o Corinthians na Justiça e responsabiliza Augusto por não receber pagamentos acordados pelo ex-presidente Duilio Monteiro Alves. Pelo menos as primeiras conversas não tiveram a participação do empresário.
O contexto político torna ainda mais delicada a missão de Augusto e de seus diretores ao tratar da situação do atleta.
Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL