Quando um clube comemora o centenário de fundação é indicativo de que muita história e milhares de personagens estão contidos na sua trajetória. Este é o desafio de eleger os jogadores que mais se destacaram nas dez décadas de intensa atividade do Athletico.
Por isso, a dificuldade de escolher os 11 melhores jogadores no centenário do Athletico.
Como não consigo votar em quem não vi jogar, só posso recordar das formações de 1958 até hoje. A primeira vez que entrei no Estádio Joaquim Américo, na antiga Baixada, foi naquele ano em que o Furacão se tornou campeão. Foi em uma vitória de 4 a 2 sobre o Guarani, de Ponta Grossa. Agarrado ao alambrado, vi a camisa rubro-negra sendo vestida por amor com jogadores emblemáticos como William, Belfare, Tocafundo, Sano, Taíco, Odilon, Geraldino, Gaivota e outros.
Respeito muito os craques do passado profundo, até porque tive o privilégio de conhecer e conviver com legendas como Caju, Ivan, Lolô, Sanguinetti, Nilo, Valdomiro, Vianna, Neno, Jackson, Cireno e outros.
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Para atender às solicitações de ouvintes e leitores, prefiro optar pela eleição de duas seleções: uma basicamente daqueles que defenderam o clube entre as décadas de 1950 a 1990, e outra na virada do século XXI repleto de títulos e conquistas importantes.
Desta forma, o primeiro Athletico de todos os tempos que vi jogar seria formado por Roberto Costa; Djalma Santos, Bianchi, Alfredo Gottardi e Julio; Sicupira, Assis e Nílson Borges; Zé Roberto, Washington e Oséas. Entre tantos treinadores operosos como Alfredo Ramos, Valdemar Carabina, Hélio Alves, Otacílio Gonçalves, Nelsinho Batista, Pepe e outros, elejo Geraldo Damasceno, o Geraldino, como o melhor daquela época.
O Athletico mais moderno, dos últimos anos, seria constituído por Santos; Luisinho Netto, Thiago Heleno, Nem e Renan Lodi; Bruno Guimarães, Kléberson e Adriano; Alex Mineiro, Kléber Pereira e Rony. Esses jogadores ofereceram à torcida os títulos mais importantes da lendária história atleticana, que foram o de campeão brasileiro, bicampeão sul-americano e campeão da Copa do Brasil. Como técnico, fico com Geninho, que dispensa apresentações pela sua inteligência, eficiência e operosidade.
Daqui para frente, o torcedor atleticano esfrega as mãos e aguarda a marcação do primeiro gol, a alegria da primeira vitória e a comemoração do primeiro título no Estádio Mario Celso Petraglia.
CAPCast