Endrick, Estêvão e Luis Guilherme. A assinatura dos três nomes, pela primeira vez juntos na escalação titular do Palmeiras, nutriu esperanças por uma noite dos sonhos no Allianz Parque, nesta quinta-feira. A despedida de Endrick, afinal, pedia por isso. Pelos três amigos de infância formando o ataque palestrino.
O roteiro, contudo, passou longe do desejado.
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O Palmeiras mostrou-se uma equipe fria, sem energia, sob os 12º C da capital paulista, desperdiçou as poucas chances que criou e empatou sem gols com o San Lorenzo, perdendo a liderança geral da Conmebol Libertadores – que ficou com o River Plate.
Endrick se despede da torcida do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
Foram nove finalizações – contra seis do adversário -, sendo quatro delas no alvo, mas poucas chegaram perto de oferecer perigo, inclusive as criações dos Crias da Academia. As movimentações de Luís Guilherme ainda foram escapes no primeiro tempo, mas sem tanta efetividade.
– Foi uma decisão difícil. Se calhar, fui mais à procura do que era melhor para as pessoas, que queriam ver os três juntos, do que o melhor para a equipe – disse Abel Ferreira, sobre a escolha do ataque, ao término da partida.
Despedida de Endrick do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
Gómez ainda marcou pelo Alviverde, mas estava em posição de impedimento e teve o lance anulado.
Sem criatividade e dependendo dos lançamentos de bola parada, portanto, o Palmeiras sofreu na troca de passes, ainda que tenha dominado a posse de bola, e teve dificuldades de achar espaços em uma defesa bem postada do San Lorenzo. Algo que Abel enxergou como determinante para o empate.
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Do intervalo, o time voltou sem mudanças e como de praxe só fez as primeiras depois dos 15 minutos do segundo tempo.
Trouxe Rony, Flaco López e depois Rômulo para energizar o ataque, mas na prática só conseguiu uma chance, em chute de Estêvão que parou nas mãos de Altamirano. Murilo, em um cabeceio, também teve – e perdeu – uma boa oportunidade.
Abel Ferreira, do Palmeiras, na partida contra o San Lorenzo — Foto: Marcos Ribolli
Reclamou-se do tempo de acréscimos dado pela arbitragem, que deu mais quatro minutos no segundo tempo – sob críticas também da torcida – , mas fato é que a noite terminou com o mau desempenho da equipe, pouco produtiva em sua casa, e marcada principalmente pela despedida do camisa 9 alviverde.
Soou o apito final no estádio, e os atletas desceram aos vestiários. Endrick ficou.
Caminhou sozinho às arquibancadas, subiu as escadas para abraçar torcedores, autografar camisas e atravessou o gramado do Allianz Parque em uma espécie de volta olímpica, abraçando entre lágrimas a despedida do clube que o criou para o mundo, agora trilhando os passos da própria estrada.
Despedida de Endrick do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
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