Quando a Portuguesa conheceu os adversários de seu grupo no Paulistão 2024, eu fiquei em dúvida: afinal, seria um grupo bom para classificar, ou ruim para não cair? O tempo passou e respondeu à pergunta. É inegável que nossos objetivos principais foram todos cumpridos: permanência na A1 e vaga na Série D.
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Porém, fica uma reflexão em relação ao contexto. Se pararmos pra pensar, a campanha não foi tão distoante da do ano passado, quando nos salvamos da queda na bacia das almas com um futebol fraco. Conquistamos os mesmos 10 pontos pelo segundo ano consecutivo. As vagas nos dão a impressão de evolução, mas será que não cometemos erros semelhantes ao longo do caminho? Deixo para pensarmos nisso mais à frente…
Nos números, em relação ao ano passado, as diferenças são que, agora, a Lusa teve uma vitória (e duas derrotas) a mais, um gol a mais de saldo, dois gols marcados a menos, e um gol sofrido a menos, também. Eu diria que a permanência e a vaga na Série D entram como méritos. Já a vaga nas quartas – e acredito que a maioria pense assim – se encaixa mais como sorte.
Os números também indicam que o Santos é um time bem melhor que o nosso. Mas é uma equipe que, tirando os jogos contra Ponte Preta e Guarani, só teve placares com um gol de diferença. Se levarmos em consideração apenas o último terço do campeonato, nossa campanha é praticamente igual à do Santos (2 vitórias e 2 derrotas).
Ou seja, é bem plausível esperar um confronto equilibrado. E em confrontos equilibrados, o que pode ser um diferencial? A sorte!
Que ela entre em campo, e permita a quem não puder ir à Vila no domingo ter mais oportunidades para ver a Lusa em campo nesse Paulistão. Não tenho dúvidas de que se depender da vontade do nosso time, o “Rumo ao Tetra” será mais real do que nunca!
* André Carlos Zorzi é jornalista, autor de “Para Nós És Sempre O Time Campeão – A Portuguesa de 1996” e coautor de “Lusa: 100 Anos de Amor e Luta”.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA