Campeão paulista, brasileiro, da Supercopa do Brasil e da Libertadores. Assim foi o 2023 do Corinthians, tetracampeão do Brasileirão Feminino (de forma consecutiva). Em 2024, não dá para dizer que as Brabas não sejam as favoritas para levar a nova edição do campeonato. Mesmo sob nova direção. O Brasileirão Feminino, que começa nesta sexta, tem um velho favorito…
Campeão de tudo ano passado, o Corinthians apresenta novidades para a nova temporada. A principal delas é no comando técnico: Arthur Elias deixou o clube no fim do ano passado para assumir a seleção brasileira. Lucas Piccinato foi o escolhido para seu lugar.
Piccinato tem 33 anos e vem do futebol gaúcho. Ano passado, foi campeão gaúcho com o Internacional, e comandou as Gurias Coloradas na campanha semifinalista na Libertadores. O time só caiu justamente para o Corinthians, nos pênaltis.
Paulistano, Piccinato começou a carreira de técnico muito jovem, na base do Centro Olímpico. Em 2019, comandou o São Paulo na campanha do título da Série A2 do Brasileirão Feminino. Deixou o Tricolor em 2022 para se mudar para Porto Alegre. Volta, agora, para o futebol paulista para o maior desafio da carreira: substituir um supercampeão.
Ainda mais fortalecido
As Brabas passaram por mudanças, também, no elenco. Talvez a ausência mais sentida seja a da volante Luana Bertolucci, que se juntou a Marta no Orlando Pride. Andressa Preira e Katiuscia foram para a Ferroviária, Diany e Giovanna Campiolo para o Palmeiras e Tainá para o América.
Se as perdas não foram tão impactantes, as contratações prometem deixar o time mais forte. A atacante Eudimilla chega após duas belas temporadas pela Ferroviária, grande adversária corintiana na final de 2023. Vitória Yaya vem do rival Santos, com passagem também pelo São Paulo. A meia esteve na Copa Ouro, assim como a zagueira colombiana Daniela Arias, ex-América de Cali. A lateral Letícia Santos supre a saída de Katiuscia e vem do Eintracht Frankfurt, da Alemanha, com experiência de Copa do Mundo e Olimpíadas pela seleção brasileira.
Lucas Piccinato mostrou paciência para usar as novas contratadas ao longo da Supercopa do Brasil, e buscou manter a base do trabalho de Arthur Elias, tanto em termos de ideias de jogo, quanto em escolha de atletas. Sem Lelê, machucada, o técnico deu espaço para Kemelli Trugilho, que foi bem e sofreu apenas dois gols ao longo da campanha, que terminou com tricampeonato corintiano após vitória sobre o Cruzeiro na decisão.
Para o início de trabalho no Brasileirão, Piccinato ainda deve entrosar aos poucos as atletas que estiveram na Copa Ouro e não tiveram o mesmo tempo de treinamento sob sua direção. Ao todo, além de Daniela com a Colômbia, o Corinthians cedeu cinco atletas para a seleção brasileira: Duda Sampaio, Gabi Portilho, Tarciane, Vitória Yaya e Yasmin.
Com um elenco recheada de “selecionáveis” e um treinador que soube aproveitar bem os frutos de um trabalho vitorioso, o Corinthians abre o Brasileirão Feminino, mais uma vez, como favorito. A estreia vai ser no Rio Grande do Sul contra o Grêmio, na próxima segunda-feira, às 20h.