Técnico foi o comandante da recuperação do Galo em 2023, mas não resistiu aos resultados ruins deste ano
Felipão não é mais técnico do Atlético-MG. O clube anunciou, na manhã desta quarta-feira, a demissão do treinador de 75 anos de idade, após 41 partidas no comando da equipe. A decisão foi tomada em reunião na noite da última terça-feira em Belo Horizonte.
O técnico foi o responsável pela arrancada do Atlético-MG no Brasileirão de 2023. Felipão comandou o Galo a melhor campanha do returno da competição e chegou até a última rodada com chances de ser campeão.
Nesta temporada, no entanto, o conto de fadas caiu por terra. Apesar de ter classificado o time para as finais do Campeonato Mineiro, o desempenho da equipe dentro de campo era questionado a todo tempo. Ao todo, em 2024, foram 10 jogos, com cinco vitórias, dois empates e três derrotas, sendo uma delas para o Cruzeiro, dentro da Arena MRV.
Além do desempenho dentro de campo, outro grande fator para a saída de Felipão tem nome e sobrenome: Rodrigo Caetano. Desde a saída do dirigente para a CBF, o técnico perdeu a pessoa que lhe dava o maior respaldo dentro do clube. Sem Caetano, Felipão passou a se sentir desprestigiado e o desgaste cresceu, até culminar na sua demissão nesta quarta-feira.
Outro pontos considerado imporante para a irregularidade do Atlético neste início de ano é a falta de reforços. Dos times da Série A, a equipe é quem menos contratou até aqui. A única novidade foi o meio-campista Gustavo Scarpa, comprado do Nottingham Forest por cinco milhões de euros (cerca de R$ 26,5 milhões). Todos os outros 19 clubes da primeira divisão anunciaram pelo menos dois novos jogadores. Além disso, uma discussão de Luiz Felipe Scolari com um torcedor no Aeroporto de Confins, em Minas, também pode ter sido um motivo de desgaste.
O Atlético-MG está na final do Campeonato Mineiro contra o Cruzeiro, seu maior rival. Os jogos acontecem no dia 30 de março, na Arena MRV, e no dia 6 de abril, no Mineirão.