O ex-jogador Walter Casagrande, durante o programa UOL News Esporte, avaliou a troca de farpas entre Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e Júlio Casares, mandatário do São Paulo. O embate levou a dirigente alviverde a afirmar que vê “inveja” por parte dos são-paulinos.
O comentarista concordou com Leila, após a mandatária afirmar que as críticas do Tricolor direcionadas ao técnico Abel Ferreira, após o Choque-Rei no fim da semana, são fruto da inveja do comandante do São Paulo em relação ao trabalho do português.
Walter Casagrande diz que trabalho de Abel Ferreira é invejável
Em sua análise, Walter Casagrande destacou que a maioria dos clubes do futebol brasileiro tem realmente esse sentimento de inveja em relação ao Verdão e seu treinador.
Para Casão, o português realiza um trabalho sólido e duradouro na Academia de Futebol. E acima de tudo, um trabalho de resultados. Enquanto isso, os rivais vivem o dilema que tem sido comum no futebol brasileiro: a troca constante de técnicos, que resulta na interrupção de um trabalho em curso.
“Vamos por partes, a relação enverga na pergunta: inveja do Palmeiras? Acho que todo clube deseja ter um treinador vencedor e que fique por muitos anos, que é um problema a menos. Todo ano você tem que correr atrás de treinador, ou durante o ano você tem que correr atrás de um ou dois, demite aquele, contrata outro”, iniciou o ex-jogador.
“Então, isso aí desorganiza um clube. O Palmeiras, o Fortaleza, o Grêmio ou o [Red Bull] Bragantino, por exemplo, eles são clubes confortáveis em relação a treinador”, prosseguiu, enfatizando que os times citados são referência no futebol brasileiro em relação a um trabalho contínuo de técnico. Fator que ajuda muito no desempenho da equipe em campo.
“E isso é um desejo que todos têm. Então, quando alguém olha para o Palmeiras: ‘p***, eu queria ter um treinador igual o Abel, vencedor, com p*** trabalho e que fique aqui por um tempão. Isso aí é uma coisa natural”, explicou.
Crítica aos presidentes de Palmeiras e São Paulo
Por fim, o comentarista avaliou o imbróglio entre os dirigentes são-paulino e palmeirense, ocasionado após o clássico do último final de semana, que terminou com o empate em 1 a 1, no MorumBIS.
Os são-paulinos saíram de campo enfurecidos, pois teriam sido prejudicados pela arbitragem, e ainda protagonizaram certa turbulência contra a comissão técnica do Verdão. A crise instalada chegou até à alta cúpula das duas equipes, mantendo o embate nos bastidores.
Dessa forma, Casagrande criticou a conduta da crise pelas duas partes, cobrando maior responsabilidade dos dirigentes, exigindo bom exemplo para os torcedores.
“A segunda parte: cara, Leila, Casares, Belmonte e todos os presidentes e diretores de clubes, eles têm que entender mais sobre a responsabilidade que eles têm, em relação aos relacionamentos com os torcedores”, reclamou.
“Como você quer parar uma violência de torcidas e com a guerra de torcidas, se os torcedores que já vivem em guerra olham os presidentes em guerra?, questionou Casagrande.
“Então aí é o aval, é assinar embaixo: ‘torcedores de São Paulo e Palmeiras, podem quebrar o pau em qualquer lugar, no metrô, andando pela rua, podem se matarem avalizado pelo Casares e presidente Leila Pereira, e pelo diretor Belmonte, porque isso aí é o aval’”, concluiu Casagrande em desaprovação ao comportamento dos dirigentes de São Paulo e Palmeiras.