O Bahia é o novo líder do Grupo B da Copa do Nordeste e, de quebra, garantiu a melhor campanha da primeira fase após a disputa de quatro rodadas, com nove pontos, mas não por desempenhar um bom futebol. Na noite desta quarta-feira, o Tricolor venceu o CRB, por 1 a 0, em jogo no qual teve muitas dificuldades no estádio Rei Pelé, em Maceió.
Rogério Ceni antes de CRB x Bahia — Foto: Tiago Caldas/EC Bahia
– Acho que enfrentamos um time muito físico. Isso dificultou para a gente. Jogar fora de casa, com viagens em sequência também. Não fizemos um grande jogo, não adianta esconder. Acho que no final os dois times cansaram muito. É um sinal de alerta. Não criamos tanto hoje. O que fica de bom são os três pontos. É um campeonato curto, só a gente conseguiu três vitórias até agora. Mas foi um triunfo ligeiramente preocupante. Hoje não foi aquilo que a gente esperava.
A intensidade e marcação alta aplicadas pelo adversário, principalmente nos primeiros minutos de partida, dificultou o jogo do Bahia, que precisou dos contra-ataques para criar oportunidades no ataque. O desempenho lembrou o revés no Ba-Vi do Campeonato Baiano. De acordo com Ceni, o importante foi apresentar uma nova alternativa ofensiva.
– O CRB adiantou um pouco mais, mas a gente conseguiu construir de outras formas.. Nossas boas jogadas saíram em contra-ataques. Teve o pênalti em Ademir [não marcado], depois a bola que resulta em gol também foi um bom contra-ataque. Mas no jogo construído deixamos um pouco a desejar hoje.
A vitória ao menos garantiu a liderança do Grupo B, com nove pontos, e a melhor campanha da Copa do Nordeste após a disputa de quatro rodadas.
O Bahia agora foca no Campeonato Baiano. Também líder, o Tricolor joga a última rodada da primeira fase neste domingo, contra o Jacuipense, na Arena Fonte Nova, às 16h (de Brasília). A equipe tem a mesma pontuação de Vitória e Barcelona de Ilhéus e busca um bom resultado para se manter no topo.
Veja outros trechos da entrevista coletiva de Ceni
Jogos contra times das Séries A e B
– Não vejo qual foi o principal jogo até agora. Com exceção do clássico, é claro, pela rivalidade. As trocas são feitas pelo cansaço. Todos os jogos são importantes para a gente. Queremos chegar com vantagem para as fases finais, mas temos que respeitar a parte física para tentar não ter lesões. A gente não tem conseguido treinar muito, sabe?! A gente não teve uma semana livre para trabalhar. Vocês lembram no Brasileiro como o time melhorava nas semanas livres? A gente não teve ainda.
CRB
– Um time que marca muito forte, que vai muito bem em casa, ainda não tinha perdido aqui. Eles foram até o limite da parte física. Foi uma jornada fantástica, vale sair daqui com a liderança. A gente já tinha visto como eles jogam, uma equipe que aposta muito no um contra um. Acho que foi o jogo que a gente esperava, mas eu achava que a gente ia conseguir render um pouco mais. Alguns cansaram mais rápido, outros entraram fora de sintonia. Mas vale pelo triunfo.
Time titular
– Todos têm capacidade de jogar. Tenho rodada para oferecer minutagem. Nem eu sei quem são os titulares. Levo sempre em consideração o que o adversário apresenta. Não sei quem são os onze ainda. Sei quem são os 20.
Rezende e Everaldo
– Everaldo participou bem, abaixando e colaborando na marcação. Ele organizou um pouco por ali. Sobre o Rezende, me estranhou muito a atitude do árbitro, um cartão com poucos segundos de jogo, em um lance que não teve nada. Muito estranha a arbitragem. É desconfortável para o treinador ter o primeiro volante amarelado desde o começo do jogo. Foi preocupante o cartão e a maneira como o árbitro agiu.