Horas depois de Alexandre Mattos ser desligado do cargo de diretor de futebol do Vasco, Lúcio Barbosa, CEO do Cruzmaltino, concedeu uma entrevista coletiva no Rio de Janeiro e justificou a decisão. Segundo o dirigente, houve uma “quebra de confiança” entre as partes.
“Gostaria de agradecer e comunicar o desligamento de Alexandre Mattos, um dos maiores diretores do Brasil. Houve uma quebra de confiança. Sem confiança não conseguimos seguir com trabalho. Não vou entrar em detalhes, mas o principal foi a quebra de confiança”, afirmou Lúcio Barbosa, antes de seguir.
“O principal motivo foi a quebra de confiança. É claro que dentro disso existem vários sub-motivos. Mas não vamos entrar em detalhes por respeito ao Mattos, ao nosso Compliance e ao nosso jurídico”.
Vazamentos de áudios
Lúcio Barbosa não quis entrar em detalhes, mas o episódio que causou a ruptura da relação foi o de vazamento de mensagens de Alexandre Mattos nesta semana, nas quais o diretor explicava parte dos processos de contratação da SAF.
Nas mensagens, Mattos explica que os nomes de Pedro Henrique, do Internacional, Breno Lopes, do Palmeiras, e André Silva, reforço do São Paulo, estiveram em pauta, mas, por questões financeiras ou por decisão do atleta, não houve acordos.
Vale destacar que Alexandre Mattos foi anunciado como diretor executivo de futebol do Vasco em 11 de dezembro de 2023. O profissional ficou no cargo por 101 dias. Nas primeiras semanas de trabalho, o dirigente já havia trazido a público insatisfação com o processo de contratação com a 777 Partners.
Faltou autonomia?
Lúcio Barbosa respondeu sobre esta crítica de Alexandre Mattos, a respeito da lentidão no processo de aprovação e contratação de reforços. O dirigente do Vasco discorda que o diretor de futebol não tivesse autonomia.
“No futebol não podemos prometer nada específico. Podemos reafirmar aqui o nosso compromisso de investir. Estamos entre os cinco que mais investiram na janela. Isso já mostra o nosso apetite. Nossas tomadas de decisões já estão mais rápidas. Não queremos repetir os fantasmas do passado”, projetou Lúcio Barbosa.
“Acho que essa é mais uma prova da autonomia (outros membros da 777 não se pronunciarem). A gente tem a responsabilidade, como diretores, cada um com sua área, eu como CEO tenho responsabilidade no Vasco como um todo. Mas acho que isso prova, mais uma vez, que temos autonomia para trabalhar e que somos cobrados também, todos os dias, por vários assuntos diferentes de cada área. E que temos que dar resultado”, completou.
Substituto de Mattos
Fora das finais do Campeonato Carioca, o Vasco terá um período sem jogos até o início do Campeonato Brasileiro e a próxima fase da Copa do Brasil. Neste período, a comissão técnica de Ramón Díaz segue no comando da equipe. A diretoria do Cruzmaltino, por sua vez, busca um nome para substituir Mattos.
“Não (temos nomes para substituir Mattos), porque aconteceu de forma muito rápida. Estamos falando de dois dias. Mas a partir de hoje já estamos conversando com algumas pessoas e já com alguns interessados, porque o tamanho do Vasco e torcida chamam isso. Em relação à competitividade, eu reafirmo, queremos um Vasco mais competitivo. E estamos conversando com a comissão técnica para mais reforços e queremos sim subir com a produtividade do Vasco.”
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Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.