O Botafogo celebrou dois anos de SAF nesta segunda-feira, exaltando os avanços no período. Paralelamente, o acionista John Textor está em batalha contra a corrupção, com graves acusações à arbitragem, que serão detalhadas nos próximos 30 dias. Para o comentarista Paulo Cesar Vasconcellos, no “Seleção SporTV”, o empresário americano deveria aprender a falar português para estar mais próximo do futebol nacional.
– Seria fundamental, depois de dois anos investindo… Lembro que Guardiola deu entrevista em alemão no Bayer de Munique na apresentação, Júnior foi para a Itália e se aproximou quando aprendeu a falar italiano. Textor tirou o Botafogo do limbo, estava a caminho de uma pequenez, que só não foi mais acelerada por causa do seu torcedor, que impediu que o processo de pequenez comandado por quem dizia amar o clube se instalasse. E esse torcedor ainda está lá, é o maior ativo que o Botafogo tem. Aprende a língua do país em que você está investindo, vai tornar você mais simpático, facilitar a interlocução, não vai a parecer que é o cara que vem de fora e quer ensinar. Esse movimento atual dele parece sem muita consistência e robustez para acusar – opinou PC Vasconcellos.
O comentarista sugere ainda a Textor um melhor relacionamento com outros dirigentes do futebol brasileiro.
– Textor me parece querer construir pontes por um futebol mais forte. Mas, para isso, o primeiro passo que ele deveria se preocupar seria aprender português. Porque isso aproximaria do corpo diretivo do futebol. Se ele quer um futebol melhor, ele tem que estabelecer uma relação com os outros executivos de futebol. Declarações sobre arbitragem já foram dadas pelo Felipão, pelo assistente do Palmeiras. Então esse é um terreno que você precisa construir pontes. Ele não está construindo pontes. Ele está isolado, cada vez mais distante de clubes. Você não viu nenhum clube endossar as declarações dele, por exemplo. Talvez ele não esteja atentando para o fato de quanto isso pode prejudicar o próprio clube do qual ele é dono – completou.