A saga de John Textor, acionista da SAF do Botafogo, para mostrar às autoridades evidências de manipulação no futebol brasileiro segue rendendo. Em debate no programa “Canelada”, da “Jovem Pan”, o comentarista Flávio Prado disse que, pelas informações disponíveis até o momento, tudo leva a crer que seja algo ligado a apostas esportivas.
– Ele cita um jogo do Palmeiras, mas diz que o Palmeiras não tem nada a ver com isso. O que ele dá a entender é que seria algo envolvendo apostas, e não manipulação de campeonato especificamente. Lógico que, se o árbitro fizer algo visando ganhar dinheiro de apostas, ele vai influenciar o campeonato, é evidente. Mas não parece que isso foi gerado por clubes de futebol – opinou.
John Textor já deixou claro que não pretende cumprir a decisão do STJD de entregar as provas que diz ter à justiça desportiva, optando por fazê-lo junto às autoridades judiciais – no caso, o Ministério Público. Na opinião de Flávio Prado, o empresário norte-americano está certo em “ignorar” o STJD.
– Ele não confiar no STJD está certo, isso não é confiável mesmo. Desde aquele caso famoso envolvendo Portuguesa e Fluminense (pelo Brasileiro-2013), você considerar STJD uma coisa séria é uma piada, não dá. Não tem credibilidade nenhuma, eles fazem de acordo com interesses políticos – disse o comentarista.
Por outro lado, Flávio Prado disse que não tem muito apreço pela figura de John Textor, mas crê que é preciso dar atenção ao que ele fala sobre manipulação no futebol brasileiro.
– Eu nunca levei o Textor muito a sério. Eu iria direto na Justiça Comum, entrego para o MP. Justiça desportiva eu não levo a sério. Se o cara apresentar provas, você começa a respeitar o cara. Mas, para mim, é um fanfarrão, rico, que quer se divertir comprando time de futebol. A visão que tenho dele é essa. E é fanfarrão, gosta de aparecer, tem um ego enorme. Eu não paro muito para ouvir o Textor, mas com essa história nós temos que no mínimo parar e prestar atenção – finalizou.