Criado em novembro de 2010, o Maringá precisou de apenas 13 anos para se tornar uma das principais forças do Estado. Agora, após sair na frente do Coritiba na ida da semifinal do Campeonato Paranaense, sonha em disputar a taça pela segunda vez na história.
O clube da Cidade Canção disputou a primeira final há exatos dez anos, justamente após eliminar o Coxa nas semifinais. Naquele ano, o Maringá venceu o Alviverde em casa por 2 a 1 e empatou a volta por 1 a 1, no Couto Pereira.
Na final, acabou sendo batido pelo Londrina, nos pênaltis. Mesmo sem a taça, a campanha foi marcante, já que era o primeiro ano do Dogão na elite do Estadual.
De lá para cá, o Maringá passou por altos e baixos. Mudanças na diretoria, queda para a Segunda Divisão em 2016, acesso em 2017.
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Em 2022, o clube virou Sociedade Anônima do Futebol (SAF), aderindo ao modelo de gestão que tem se expandido nos clubes brasileiros. Desde o retorno à elite paranaense, cresceu e hoje incomoda os grandes da capital.
“O projeto é feito de pessoas de fora do futebol. Diretores, conselheiros, perfil de empresários de Maringá e região que tinham o sonho de ter um clube legal que represente a cidade, que encha o estádio. A nossa cidade tinha essa carência”, afirma o presidente do clube, João Victor Mazzer.
Segundo o dirigente, o clube teve uma guinada em 2022, com a mudança para SAF. No ano seguinte, foi a primeira vez que teve o “calendário cheio”, com Paranaense, Copa do Brasil e Série D.
“Isso foi uma grande virada de chave. Quando virou SAF, tudo se constituiu. Conseguimos trazer bastante acionistas para dividir as contas. O que nunca mudou de lá para cá é a vontade de fazer um clube de interior sério, que o mercado olhe como um clube profissional”, explica.
Investimento na base
Segundo Mazzer, depois da reestruturação financeira, em 2016, o clube passou por uma profissionalização esportiva. Focando na base, o Maringá investiu em um staff para captação local e externa de atletas para fortalecer a base do Dogão.
“Hoje temos um corpo técnico completo somente para a base. Temos a captação loca, temos captadores externos que a gente paga. Recebemos bastante atletas de São Paulo e dos estados do Nordeste. Estamos sempre em contato com outros clubes”, afirma.
Com uma base forte, o Maringá foca em oferecer os jogadores a clubes maiores e manter um percentual. Como acontece com muitos times do interior, como por exemplo, o PSTC.
Nos últimos anos, o Maringá vendeu o atacante Rômulo ainda jovem ao Athletico, vendeu o meia Matheus Bianqui ao Coritiba. Mais recentemente, negociou o volante Morelli com o Alviverde.
Há também exemplos de atletas que não foram bem fora do Dogão, como o zagueiro Vilar, que tinha sido emprestado ao Coxa e voltou ao Maringá na temporada passada.
Torcida crescente
Diante da regularidade do Maringá no Paranaense nos últimos anos, assim como em confrontos da Copa do Brasil, como na vitória emblemática sobre o Flamengo em casa, no ano passado, a torcida maringaense tem crescido.
“Por sermos da cidade, sempre demos muita atenção para trazer o torcedor do Maringá para o nosso lado. A gente sempre focou muito na comunicação com o torcedor e conseguiu engajar. Já faz quatro anos que temos um bom público. Esse é um dos pontos fortes do projeto”, defende o presidente.
A equipe também tem um perfil irreverente nas redes sociais. Com mais de 144 mil seguidores no Instagram, o clube consegue trazer o torcedor para perto do time.
A volta no Couto Pereira
Mesmo tendo vencido o Coritiba por 2 a 0 no jogo de ida, o Maringá mantém os pés no chão para a partida de volta, neste domingo (24), no Couto Pereira.
“Nós internamente acreditamos que o Coxa continua favorito. Mas temos uma boa vantagem e vamos trabalhar para que ela valha. Queremos a final mais uma vez. O resultado aqui em Maringá para nós foi muito positivo”, afirma o presidente.
Do lado alviverde, o Coxa vem preparando uma festa para buscar a virada em casa, diante da torcida.
O clube fez uma campanha nas redes sociais para convocar a torcida para o duelo decisivo contra o Maringá chamada “Todos juntos pela virada”. A torcida ainda vai fazer o tradicional Green Hell. Após alteração da data, a bola rola para a decisão neste domingo (24), às 18h30.
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