Fernando Diniz diz ter confiança em mudança John Kennedy
Em campo, John Kennedy não decepcionou. Teve um papel tático importante durante toda a partida e fez o gol da virada no segundo tempo. Ao fim do jogo, o treinador refletiu sobre a situação do atacante.
– O John Kennedy é um trabalho sem trégua, e sem fim, para que ele consiga amadurecer a ponto de dar conta do imenso talento que ele tem. Não é fácil ser jogador de futebol sempre falando isso. Principalmente pessoas como o John Kennedy, que têm a história de vida que esses caras têm. E a gente está aqui para ajudar, obviamente, porque a gente tem limitação. A vontade de ajudar pode até ser ilimitada, mas, assim, a nossa capacidade não chega ao infinito – afirmou Diniz, em entrevista coletiva após o jogo.
– Mas é muita vontade de ajudar o John. E eu acho também que ele está entendendo que ele pode, por meio do futebol, mudar a condição social dele, não só enquanto ele está jogando, mudar uma condição social para a vida dele, para os filhos dele. E é isso que eu espero do John Kennedy, do trabalho que a gente faz junto aqui no Fluminense. Isso acontecendo vai ser um prêmio gigantesco para a minha vida – completou.
Diniz reclamando em Fluminense e Alianza Lima — Foto: André Durão
O quarteto ficou uma semana treinando separado. Neste período, John Kennedy voltou a cometer indisciplina. O atacante faltou um treinamento e se atrasou por mais de uma hora para a outra atividade. O Fluminense o afastou por tempo indeterminado, enquanto reintegrou Kauã Elias, Arthur e Alexsander.
Outro destaque da vitória do Fluminense sobre o Alianza Lima foi o lateral Marcelo, que fez um golaço após tabelas com John Kennedy e Cano.
O treinador analisou a temporada do lateral e elogiou sua capacidade técnica.
– Marcelo está um ano mais velho na idade cronológica, mas na prática parece que ele renovou uns três anos, ele está muito bem e não é só nos jogos, ele tá muito bem nos treinamentos. Ele termina a sessão de treino, continua ainda às vezes no campo brincando com os garotos e é um apaixonado, não sei se ele é um apaixonado pelo futebol, se ele é um apaixonado pela bola. Isso contagia os outros e ele tá acrescentando muita coisa no nosso time e não é uma surpresa pra mim fazer partidas como a de hoje, os gols que ele tá fazendo, ele tem feito coisas assim nos treinamentos e é muito bom ver um cara dessa qualidade ganhando alegria para jogar. Ter ele aqui é muito gratificante não só para o Fluminense mas para o futebol brasileiro porque é um cara extraclasse.
Fernando Diniz elogia atuações de Marcelo pelo Fluminense: “É um presente ter aqui”
Veja outras respostas do treinador:
– A gente treinou muito bola parada ontem. O time deles tem 5 jogadores com mais de 1,80m. A gente sabia que era uma possibilidade fez de tudo para evitar escanteio e bolas próximas da área. E acabamos tomando gol numa jogada mapeada. No segundo tempo, essa aceleração do ritmo facilitou para a gente conseguir os gols. Depois, a gente fez o gol, virou o jogo e continuou acelerando de uma forma sem necessidade. Fomos meio que na emoção para fazer o terceiro, quarto, e não precisava ser desse jeito. Depois que fizemos o segundo gol, acabamos nos apressando e tomando o gol de empate.
– Não acho que temos um padrão de sofrer gols logo em seguida. Hoje aconteceu. Hoje fizemos o segundo gol e aceleramos a marcação de forma desnecessária. Saímos para frente de forma desesperada em busca do terceiro gol, parecia que sem o gol a gente não ia se classificar. É algo que o time está consciente e vamos melhorar
– A gente via que ele tinha muito potencial desde muito garoto. Embora ele seja carioca, ele e o Naldo, que são os dois zagueiros que se firmaram aquele ano no juventude, acabaram se projetando internacionalmente. O Naldo construiu uma carreira importante na Alemanha. E o Thiago se transformou de um dos maiores zagueiros de todos os tempos, na minha opinião, marcou uma época, uma geração. Pra mim foi o grande zagueiro da Copa do Mundo a última, já com quase 40 anos perfeita. E eu sou um admirador do Thiago desde sempre. Então vai ser um enorme prazer poder contar com um jogador desse tamanho aqui com a gente e jogando no nível que ele joga até hoje.
– Na realidade, a gente deu pra identificar um padrão de marcação, onde podíamos explorar e como. Uma das coisas era mesmo acelerar, colocamos Marquinho bem aberto e Keno do outro lado. O fator decisivo para as coisas acontecerem (no 2T) foi a velocidade na troca de passes. Eles tinham feito um gol de bola parada, que treinamos muito ontem. O time deles tem cinco jogadores com mais de 1,80m, então sabíamos que era uma possibilidade. Fizemos tudo para evitar escanteios, e acabamos tomando gol em jogada que tínhamos mapeado. No segundo tempo, essa aceleração do ritmo facilitou para a gente conseguir os gols. Depois, a gente fez o gol, virou o jogo e continuou acelerando de uma forma sem necessidade. Fomos meio que na emoção para fazer o terceiro, quarto, e não precisava ser desse jeito. Depois que fizemos o segundo gol, acabamos nos apressando e tomando o gol de empate.
É dificil falar especificamente da partida de hoje, da entrada do Ganso, se faltou isso no primeiro tempo. Acho que muda muita coisa no jogo, eu não falaria que foi a falta do Ganso que travou um pouco no primeiro tempo. Obviamente o Ganso é um jogador muito diferente, e no sistema que eu adoto para jogar, ele se encaixa quase que à perfeição. Ele tem um jeito de jogar muito diferente e o jeito que eu proponho também é diferente e tem um casamento importante aí. O Ganso é um jogador raro não só no futebol brasileiro, raro no mundo, ele é um cara que tem genialidade, que consegue fazer coisas impressionantes com um toque, dois toques e até sem tocar na bola. Então quando ele está jogando facilita as coisas, ele é o cara que o jogo fica claro quando a bola chega nele em muitas situações, então poder contar com ele é um grande presente que a gente tem aqui no Fluminense .
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