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ESPN.com.br
10 de mar, 2024, 01:46
Dono da SAF do Botafogo, John Textor voltou a falar do áudio que divulgaria para revelar um caso de corrupção no futebol brasileiro. Em vídeo publicado em seu próprio site, o empresário afirmou que o conteúdo seria de uma partida ‘de uma divisão menor’.
Além disso, afirmou que o árbitro ‘tem sotaque carioca’. Textor preferiu não entrar nos detalhes, mas deixa claro no áudio que os arquivos não são de jogos do Botafogo, nem do Campeonato Brasileiro.
“Recebi uma gravação de um funcionário ligado à CBF. Foi validado e autenticado. Foi falado para mim, por autoridades de confiança, não foram jornalistas, nem agentes. Também estão na mão da polícia e estiveram nas mãos de governantes por um ano. Foi em uma divisão menor, é um jogo conhecido por nós”, disse Textor, seguindo.
“Tem um técnico, um time, pessoas que autenticamos. Tem a gravação de um árbitro dizendo que estava triste de ter perdido dinheiro porque o jogo que ele estava tentando manipular não tinha ido do jeito que ele estava tentando influenciar. Ele foi específico: ele deu 1 minuto no relógio e deu um pênalti que não deveria e o atacante bateu o pênalti na trave. Ele reclamou, dizendo que tudo que fez tudo que foi possível. É de um sotaque carioca, vocês vão saber melhor que eu, isso nos permite identificar de qual árbitro é”, completou.
A polêmica reacendeu após a vitória do Botafogo sobre o Red Bull Bragantino, na última quarta-feira. Segundo Textor, juízes foram gravados reclamando de não terem recebido propinas.
Diante da acusação do empresário, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deu um prazo de 3 dias para Textor provar as evidências levantadas. Caso não apresente, ele pode ser punido por 360 dias e com uma multa de até R$ 100 mil.
Ainda no vídeo, Textor afirma que tal investigação foi feita antes mesmo dele apresentar tais evidências que diz ter. Ainda no vídeo, citou uma partida do Palmeiras contra o Fortaleza em 2022 como investigada, mas não explicou qual situação seria.
“As pessoas costumam falar de corrupção e colocam os jogador no meio o tempo todo porque é mais fácil. Primeiro, alguém foi pago para levar um cartão amarelo. Não é nem ilegal. As pessoas descobrem, pedem desculpas. Na época daquela gravação, que estava nas mãos do governo, tinha um relatório de manipulação de resultados, isso também tinha sido produzido, acredito que tinha sido enviado e já fornecemos evidência disso para o tribunal. O relatório da manipulação de resultados é relacionado a um jogo que terminou em 2022, era um jogo do Palmeiras. Parece que o Palmeiras não estava envolvido. Era Palmeiras x Fortaleza. Essa evidência foi enviada para a CBF, não sei quem estava envolvido nisso, eu não estava envolvido”, completou.