Éder: o novo dono da lateral direita?

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Éder na saída da delegação são-paulina do hotel no Uruguai

Desde a saída de Ilsinho, há cerca de um ano, a lateral- ireita do São Paulo é um território sem dono. Muitos jogadores foram testados na posição, a maioria deles de forma improvisada. Entretanto, neste momento, o técnico Muricy Ramalho conta com três jogadores para este setor e um deles tem brilhado de forma discreta, porém eficiente: Éder.

– Eu não gosto de falar muito. Sou tímido e prefiro apenas fazer a minha parte dentro de campo, acho que é melhor assim – diz.

O lateral foi contratado no final de fevereiro, junto ao Noroeste, por empréstimo de um ano. E se alguém pensa que o jogador ficou intimidado de sair de um time pequeno e já disputar uma Libertadores, se engana.

– Jogar em time grande é muito mais fácil porque só tem bom jogador e isso ajuda no trabalho de todo mundo. No ano passado eu fui sondado pelo próprio São Paulo e também pelo Corinthians, então já estava preparado para isso. É um passo muito importante na minha carreira. Estou 90% ambientado e não me sinto acanhado por estar disputando uma competição dessa grandeza, ao contrário, é um orgulho para mim – conta.

Como havia disputado mais do que três partidas pela equipe de Bauru no Paulistão, Éder não pôde defender o São Paulo no Estadual, fato que o atrapalhou na caminhada rumo à titularidade.

– Isso dificultou um pouco a minha briga por espaço no time, porque eu não podia jogar no Paulistão, e o Muricy optava por colocar na Libertadores aqueles que já estavam entrosados no Estadual – explica.

Quando Éder chegou, havia duas opções para Muricy. Joílson, que veio este ano do Botafogo, que na ocasião estava machucado, e o equatoriano Reasco, que ainda estava em busca de afirmação após uma fratura na tíbia e logo na seqüência se lesionou pela terceira vez. Agora, entretanto, o técnico tricolor tem três jogadores à disposição: Joílson, Éder e Jancarlos, recém-contratado.

É uma disputa saudável. Mas não existe briga. Independentemente de quem vai jogar, o mais importante é sempre o São Paulo – garante Éder.