Mais uma análise importante para a discussão gramado sintético x gramado natural. Um estudo realizado na Finlândia foi citado em reunião na CBF esta semana e mostrou que há mais lesões em campos naturais. A informação é do site “UmDois Esportes”.
O levantamento reuniu 1.447 produções científicas sobre o tema, selecionando 22 com metodologias mais confiáveis, sendo 13 feitos na Europa, seis nos Estados Unidos e três na Ásia.
– O estudo mostra que as lesões são menores no futebol, na grama sintética, a nível de atleta profissional. São menores em coxa, quadril e joelho na grama sintética e que, no tornozelo, são um pouco maiores no sintético. Isso não quer dizer que não exista lesão. É tirar do foco que a grama sintética é causadora de um maior número de lesões. Isso não é verdadeiro – afirmou o médico ortopedista Edilson Thiele, especializado em traumatologia esportiva, ao site “UmDois Esportes”.
A ressalva que ele faz é que o gramado sintético deve ser aprovado pela Fifa, não o mesmo de quadras esportivas, é que é válido haver um tempo de adaptação.
– O que não pode é não ter algo baseado em evidências, trabalhos científicos. Um campo de grama natural mal cuidado, que a gente vê muito, têm maior risco de machucar que uma grama sintética bem trabalhada e cuidada – explicou o especialista.
Botafogo, Palmeiras e Athletico-PR são os clubes que usam grama sintética no Brasil. Fluminense e Fenapaf levantaram pauta contrária à utilização em conselho técnico na CBF esta semana.