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Felipe Motta, com redação do ESPN.com.br
16 de mar, 2024, 14:55
A etapa de São Paulo da Fórmula E protagonizou um encontro curioso. Em meio a briga judicial com a Fórmula 1 para ser reconhecido como campeão mundial de 2008, o brasileiro Felipe Massa esteve lado a lado com Bernie Ecclestone, que era o chefe da categoria na época.
O encontro aconteceu neste sábado (16), nos camarotes do Anhembi. Chamou a atenção que, apesar do brasileiro ter entrado com um processo contra Ecclestone, o clima entre eles foi de cordialidade.
“Acabei de encontrar com ele (Bernie Ecclestone). Logicamente, dei um abraço nele. Ele sabe o que está acontecendo. Fui muito claro desde o começo, desde a frase que ele soltou. Vou atrás da justiça, que tem que ser feita da maneira correta. Para o esporte e para mim, já que não aconteceu o correto. Não foi certo o que aconteceu, e vamos lutar até o final”, disse Massa, que mostrou confiança:
“Eu não tenho mais nada a dizer e sim os advogados, que são preparados e estão levando o caso com confiança de que temos grande chance de conseguir uma vitória. O clima entre a gente é numa boa”.
Na semana passada, Felipe Massa formalizou um processo em Londres contra a FOM (Formula One Management, a entidade que organiza o Mundial de F1), a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e o ex-CEO da FOM, Bernie Ecclestone, para ser reconhecido como campeão da edição de 2008 do Mundial.
O ex-Ferrari e Williams, de 42 anos, também salientou que quer receber uma indenização por danos morais e materiais – os valores pedidos, porém, não foram expostos.
No ano passado, Massa declarou que era o “verdadeiro” campeão de 2008 devido ao incidente conhecido como “Crashgate” ou “Singapuragate”, que acabou marcando a temporada que se encerrou com Lewis Hamilton levantando a taça.
Massa, que se aposentou da F1 em 2017, estava liderando o GP de Singapura de 2008 quando o também brasileiro Nelsinho Piquet bateu de propósito seu carro da Renault no muro durante a 14ª das 61 voltas totais.
A batida forçou a entrada do safety car, em um movimento que acabou beneficiando o companheiro de Piquet na Renault, o espanhol Fernando Alonso, que acabou ganhando a corrida. Massa, por sua vez, não pontuou depois de um desastre da Ferrari no pit stop.
Hamilton, que à época corria pela McLaren, acabou sendo campeão com um ponto de vantagem sobre Massa, ganhando o 1º de seus sete títulos mundiais.
Na época, a Fórmula 1 possuía uma regra que o resultado final de um campeonato não poderia nunca mais ser alterado após as cerimônias de premiação do encerramento da temporada.