Flamengo intensifica questões ligadas a construção de seu estádio próprioCanal do youtube Resenha Rubro Negra
A torcida do Flamengo sempre abraçou o Maracanã como sendo a sua casa. E ao longo dos 128 anos de existência do clube, o Maracanã é sem sombra de dúvidas o maior palco das conquistas rubro-negras. São gerações e mais gerações de torcedores que possuem lembranças afetivas de momentos históricos vividos dentro do templo maior do futebol mundial. Mas mesmo assim o Maracanã nunca foi e nunca será a casa apenas do Flamengo.
Construído com dinheiro público dos cidadãos cariocas em 1950, o estádio jornalista Mário Filho recebe também jogos de Vasco e Fluminense. Só em 2023 foram mais de 70 jogos no estádio, o que aumenta o custo com a manutenção do equipamento e também prejudica o estado de conservação do gramado.
E o Flamengo já sofreu com lesões de jogadores como Thiago Maia, Bruno Henrique e Gabigol, justamente por irregularidades apresentadas no gramado. A dupla Flamengo e Fluminense, responsáveis pela administração temporária do estádio, já receberam multas da CONMEBOL por mandarem seus jogos com o gramado do estádio sem estar nos padrões que a entidade máxima do futebol sul-americano exige.
E as coisas tendem a ficarem cada vez piores.
O governo carioca iniciou o processo de licitação para administração do Maracanã pelos próximos 20 anos, que conta com o consórcio Fla-Flu, Maracanã para todos, formado por Vasco, WTorre e Legends e com o consórcio RNGD, da Arena 360.
Mas o que mudaria para o vencedor da licitação?
O consórcio vencedor da licitação, continuará tendo a obrigação de ceder o estádio sempre que for requisitado por outro clube carioca, desde que não haja conflito de datas. As cores originais das cadeiras também não poderão ser alteradas.
Ou seja, continua tudo como está, só que sem a necessidade de um chamamento público periódico para confirmar a concessão.
Tendo em vista todos os obstáculos e problemas que a gestão do Maracanã traz hoje para o clube, o Flamengo trabalha com afinco pelo seu estádio próprio.
O presidente Rodolfo Landim vem cuidando pessoalmente do assunto e várias reuniões já foram feitas com a Caixa Econômica Federal para haver um entendimento sobre o valor e o projeto de revitalização para a área do terreno do Gasômetro. A Caixa tem neste momento o projeto do Flamengo em mãos e o clube aguarda comunicado da CEF sobre os próximos passos que deverão ser realizados.
Capacidade do Estádio
Muito se especula sobre o tamanho do estádio que poderá ser construído no terreno do Gasômetro, uma vez que o terreno perdeu quase 25 mil metros quadrados depois da construção do Terminal Gentileza. Mas não é só uma questão de tamanho físico. Segundo apuramos, as questões de segurança e mobilidade pública também estão entre os fatores que devem ser levados em consideração para se definir a capacidade de um estádio naquela região.
Estima-se que um projeto só seria aprovado pelos órgãos competentes da cidade do Rio de Janeiro, numa capacidade máxima de 80 mil lugares. Segundo informações do jornalista Bernardo Ramos, Flamengo e Prefeitura do Rio de Janeiro já se reuniram sete vezes para discutir as questões envolvendo segurança e mobilidade urbana. E novas reuniões serão agendadas para que o assunto ainda seja mais debatido.
Custo da Construção do estádio
Apuramos que o projeto de estádio do Flamengo no terreno do Gasômetro, teria um custo máximo de R$ 2 bilhões de reais previstos pela diretoria rubro-negra, entre a compra do terreno e a construção do equipamento.
SAF ou parceiros para execução do projeto?
Como a questão da SAF está temporariamente descartada, Rodolfo Landim já iniciou a busca por parceiros no mercado. Segundo tivemos acesso, as conversas continuam no nível embrionário e apenas após a aprovação da venda do terreno por parte da Caixa, o Flamengo poderá partir de forma mais agressiva para as reuniões com empresas interessadas em ajudar o clube nesta empreitada.
O Flamengo nunca esteve tão perto da realização do sonho de ter seu estádio próprio e Rodolfo Landim trabalha forte para conseguir a compra do terreno ainda durante o seu mandato, que termina em dezembro deste ano.