A única coisa que me chateia é que todo mundo vê as nossas dificuldades e os clubes não fecharam. E dor de barriga não dá uma vez só. Gostaria de ver um problema desses em São Paulo ou no Rio. Gostaria de ver o que os presidentes dos clubes iriam fazer. E o que o presidente da CBF iria fazer. Resumindo, é cada um com seus problemas, se vira. Por isso que nos fechamos com nosso torcedor, juntamente com nosso presidente, diretoria, jogadores, comissão. Somos profissionais e estamos correndo atrás. Até porque somos pagos para isso. Mas, volto a falar, a decepção ficou. Não de todos os clubes, mas da maioria. E, como falei e volto a repetir: espero que não aconteça em nenhum outro estado Renato Gaúcho
O Grêmio precisou ter jogos adiados. Com as enchentes no estado, o clube teve o dia a dia afetado e o estádio alagado, além de se engajar para ajudar as vítimas. Por isso, parou os treinamentos, assim como Internacional e Juventude.
O Flamengo se solidarizou, mas foi contra a paralisação. Dirigentes do clube afirmaram que poderiam fazer mais com o campeonato em andamento do que se a competição fosse interrompida.
O Fla foi derrotado nesse quesito. A CBF determinou que duas rodadas fossem suspensas. Esta partida, por exemplo, estava programada para o final do mês passado. A entidade negava a medida em um primeiro momento, mas mudou de ideia após consultar equipes e federações.
A situação gerou um desgaste. Não só com o Flamengo, mas com os que se opuseram à medida e ofereceram somente os centros de treinamentos e estádios para os gaúchos. No fim, a decepção de Renato tem a ver também com a falta de apoio e movimentação por parte de clubes e CBF para o momento delicado.
Este será o primeiro encontro desde o conselho técnico da CBF. Essa reunião com todos os clubes determinou que as partidas atrasadas vão acontecer em Datas Fifa para não esticar o fim do Brasileirão – ou seja, mais uma derrota rubro-negra.