O Campeonato ABB FIA de Fórmula E tem defendido as mulheres desde a sua criação, reunindo pilotos, chefes de equipe e figuras seniores até profissionais da mídia, comunicação e tecnologia. Um dos exemplos dessa diversidade na categoria dos carros elétricos é a paulista Andrea Cristina Ladeira, que será a “clerk of the course” – diretora […]
8 mar 2024 – 14h28
(atualizado às 14h28)
O Campeonato ABB FIA de Fórmula E tem defendido as mulheres desde a sua criação, reunindo pilotos, chefes de equipe e figuras seniores até profissionais da mídia, comunicação e tecnologia.
Um dos exemplos dessa diversidade na categoria dos carros elétricos é a paulista Andrea Cristina Ladeira, que será a “clerk of the course” – diretora de prova no EPrix de 16 de março, no Sambódromo do Anhembi.
Com 46 anos, Andrea divide sua paixão pelo automobilismo com o cargo de analista de negócios em uma multinacional. Liderando a parte técnica na quarta etapa da Fórmula E, ela sabe que tem uma grande responsabilidade na pista para garantir que todos os times da parte desportiva estejam completos e 100% operantes durante os dias do evento.
A diretora de prova terá a responsabilidade geral pela condução e controle geral de um evento de acordo com o seu regulamento, programação e organização.
“Vejo que as mulheres perceberam que podem sim estar nas pistas e gostar dos carros e das corridas. Eu fico encantada quando vejo diversas mulheres espalhadas em diversas funções, quando comecei há algum tempo as mulheres eram minoria, e ver que a cada dia isso cresce e vamos ocupando posições como Mecânicas, Engenheiras, Comissárias Desportivas, Comissárias Técnicas, e Direção de Prova é maravilhoso”.
“Espero que todas que estão entrando e desenvolvendo suas carreiras possam inspirar tantas outras que virão”.
Andrea Cristina Ladeira começou a carreira no meio automobilístico há 30 anos na equipe de sinalização da ISR – Interlagos Sinalização e Resgate, fazendo diversas funções, dentre elas: posto de sinalização, entrada de box, saída de box, box, grid de largada, PSDP (Posto de Sinalização de Direção de Prova).
Atualmente, Andrea trabalha na direção e demais eventos como Stock Car e Formula Truck suportando a coordenação da sinalização. Mas já fez provas de F1 em Interlagos, EUA e outras de WEC.
A italiana Claudia Denni, diretora esportiva da Fórmula E, é um dos destaques da categoria. Ela recorda que suas primeiras experiências no automobilismo, onde a presença de profissionais do sexo feminino era restrita a um número muito pequeno no paddock.
“A inclusão feminina está cada vez mais forte e sólida dentro do esporte. Hoje, muitas mulheres profissionais fazem parte e testemunham esta evolução, abrangendo funções operacionais, estratégicas, de engenharia e comerciais que são fundamentais para a entrega do Campeonato, e este é certamente um grande sentimento que nos deixa orgulhosos do que alcançamos até agora”.
Girls on Track
A Fórmula E e a FIA Girls on Track seguem em mais um ano de parceria. O programa para meninas de 12 a 18 anos fará parte do Eprix paulista.
Em seis anos o programa FIA Girls on Track impactou positivamente mais de 2.500 meninas em vários finais de semana de corrida na Fórmula E, com figuras femininas importantes de diversas profissões no paddock do Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E, oferecendo workshops inspiradores e educativos.
Alinhada à iniciativa Girls on Track, que a F-E promove com a FIA – Federação Internacional de Automobilismo, a categoria se dedica a elevar não apenas o perfil dos papéis femininos no automobilismo, mas sua diversidade.
A expectativa é que mais de 1.650 mulheres participem do programa no decorrer da temporada, que terá sua quarta etapa em 16 de março, em São Paulo (SP).
“Dias como o Dia Internacional da Mulher nos dão a oportunidade de refletir e celebrar o quão longe chegamos, mas o mais importante é olharmos para as possibilidades futuras quando realmente quebramos barreiras. Na Fórmula E, acredito que a inclusão é fundamental para o nosso sucesso”, disse Hayley Mann, vice-presidente de pessoas da Fórmula E
“Ao entregar o programa FIA Girls on Track, tive um vislumbre do futuro. Meninas de todo o mundo podem sonhar em ser as próximas campeãs mundiais de Fórmula E, chefes de equipe ou engenheiras. Como mulher numa indústria dominada pelos homens, estou empenhada em impulsionar esta mudança, mas não podemos fazê-la sozinhas.
“Nosso compromisso com a diversidade é ainda reforçado por iniciativas como a NXT Gen Cup, onde jovens pilotos masculinos e femininos competem lado a lado”, explicou Julia Palle, vice-presidente de sustentabilidade da Fórmula E
Um dos objetivos da F-E com o Girls on Track é gerar experiência de trabalho imersiva em tudo que envolve o Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E na pista ou durante a semana da corrida.
A iniciativa FIA Girls On Track também marcará presença durante o fim de semana do EPrix de São Paulo, no dia 16 de março no Sambódromo do Anhembi. Os ingressos podem ser adquiridos por meio do site da Eleven Tickets.
“Com o FIA Girls on Track, a Fórmula E deixa claro que os seus conceitos de inovação e inclusão ultrapassam em muito as questões naturalmente relacionadas à prova, como eletromobilidade e desenvolvimento sustentável. É um exemplo de responsabilidade social que deveria ser seguido por todos os grandes eventos”, contou Gustavo Pires, presidente da SPTuris – São Paulo Turismo.
A categoria dos carros elétricos conta com 22 pilotos e 11 equipes e está em sua décima temporada. A Fórmula E tem como parceiro estratégico para o Eprix brasileiro a Prefeitura de São Paulo e a São Paulo Turismo – SPTuris.