Foto: Reprodução/Instagram
Atacante, atualmente no Botafogo-SP, concedeu entrevista exclusiva ao NOSSO PALESTRA
Na partida deste sábado (9), diante do Botafogo-SP, pela 12ª rodada do Campeonato Paulista, o Palmeiras vai reencontrar um velho conhecido: o centroavante Leandro Pereira. Às vésperas da partida, o ex-jogador do Verdão conversou com o NOSSO PALESTRA e descreveu seu sentimento pelo ex-clube.
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Leandro chegou ao Maior Campeão do Brasil em 2015, depois de passagem de destaque pela Chapecoense. O atacante revela que estava praticamente acertado com o Corinthians, mas que quando recebeu a proposta do Alviverde não pensou duas vezes e foi realizar o seu sonho.
– É um sentimento muito forte, porque realmente é um clube que vai ficar marcado para minha vida, e realmente, naquele momento ali, foi um convite inesperado do Palmeiras. Nós não tínhamos nem perspectiva de Palmeiras naquele momento, e o Alexandre Mattos, que é um cara muito bom em negociação, acabou nos convencendo a aceitar o Palmeiras, que para mim foi uma honra muito grande.
– Foi a realização de um sonho. Quem que não quer jogar no Palmeiras? Acho que todo mundo sabe pelo menos um pouco da história, que naquele momento eu estava praticamente acertado com o Corinthians, e o Alexandre Mattos entrou na negociação e eu acabei aceitando ir para o Palmeiras – completou.
Leandro Pereira foi contratado pelo Palmeiras em um momento de reconstrução, em que o clube se recuperava de anos turbulentos e se estruturava para buscar conquistas. O atacante conta que foi um período que precisou de muita adaptação, uma vez que o elenco em sua grande maioria era recém-contratado e pouco se conhecia.
– Era um momento de reconstrução. O Alexandre Mattos estava vindo também, a Crefisa estava entrando, era tudo muito novo. Se eu não me engano, acho que eu fui o segundo ou terceiro a ser contratado naquela leva que foram acho que 15 ou 20 contratações de uma vez. Era um elenco muito novo, ninguém se conhecia – disse.
Um momento fundamental logo no início da temporada foi a campanha da equipe no Campeonato Paulista, que terminou com o vice-campeonato diante do Santos.
– Para nós, naquele momento, por ser um elenco praticamente todo mundo novo, foi um começo de temporada muito bom justamente por conta do Paulistão. A gente realmente não se conhecia, eram os primeiros meses de trabalho juntos, e você pegar o Palmeiras vindo de uma série muito ruim e já chegar na final e ser vice-campeão paulista, foi um momento muito gratificante que, apesar de não termos sido campeões, a gente sabia que poderia brigar por coisas grandes – acrescentou.
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Embora tenha chegado ao Palmeiras com contrato de cinco anos, Leandro Pereira permaneceu por apenas oito meses na equipe. O atacante recebeu uma proposta do Club Brugge, da Bélgica, e transferiu-se para o futebol europeu – movimento que ele entende ter sido equivocado.
– Acho que se fosse hoje eu não teria saído, não teria aceitado o convite da Bélgica. Naquele tempo era o meu sonho jogar na Europa, eu estava em um grande centro, que era a Bélgica, podendo pular para um grande clube depois. Então foi esse meu pensamento. Mas, se fosse hoje, eu teria esperado um pouco mais, teria tido um pouco mais de história com Palmeiras, vivido um pouco mais de Palmeiras, porque era o lugar que eu amava, que eu gostava, estava ambientado, estava bem, estava fazendo gols, estava na minha melhor fase. Eu assistia todos os jogos, acompanhava o dia a dia do Palmeiras. Eu vivia como um jogador do Palmeiras, só que jogando por outro clube – continuou.
Pouco tempo depois, no entanto, o centroavante logo assinou seu retorno ao Verdão. Em uma visita aos ex-companheiros, Leandro foi convidado por Mattos a voltar, e não pensou duas vezes antes de aceitar.
– Faltavam quatro, cinco dias, para eu voltar para a Bélgica. O Alexandre me ligou e disse ‘Quer voltar para cá? Para casa?’. Falei: ‘É o que eu mais quero, o que eu mais quero’. Acabou que minha volta foi assim, ele me ligou, eu aceitei o convite, pedi a liberação para o pessoal da Bélgica, e voltei para o Palmeiras – adicionou.
Para a partida válida pela última rodada da fase de grupos do Paulistão, Leandro Pereira afirma que é um estímulo enfrentar a ex-equipe. O atacante, porém, afirma que jogar fora do Allianz Parque é um motivo de chateação, já que o estádio traz lembranças especiais para ele.
– Para mim realmente é um estímulo, é um mix de emoções, porque eu estou voltando de lesão agora, justamente contra o Palmeiras. Eu falei: ‘não me interessa, eu estou voltando, eu quero jogar contra o Palmeiras, eu vou jogar, nem que eu jogue com uma perna só, mas eu quero estar no jogo’. Porque realmente eu quero viver isso, eu quero realmente estar ali de novo, vivendo, perto do clube que eu tenho um carinho tão grande. Então, para mim, vai ser um jogo mais do que especial – falou.
-Realmente [se fosse no Allianz], seria mais especial ainda. Reviver todos os momentos, realmente passar um filme ali do que foi minha trajetória no Palmeiras, mas só de estar jogando contra, só de estar ali junto, revivendo, vai ser muito bacana – concluiu.
Palmeiras e Botafogo se enfrentam neste sábado (9), às 18h (horário de Brasília), na Arena Barueri. No duelo, o Verdão busca vencer para carimbar a melhor fase geral do estadual.
Confira todas as respostas de Leandro Pereira:
Qual a sensação de ter sido campeão pelo Palmeiras?
R: – É a realização de um sonho saber que eu fiz parte da história do Palmeiras, conquistei títulos, fiz gols, joguei. Primeiro é a realização de um sonho pessoal para mim, que é jogar num clube que dispensa comentários, é um clube gigantesco. Saber que eu fiz parte também daquilo dessa nova era do Palmeiras, tanto em reconstrução de estrutura, em reconstrução de time. É saber que eu pude colocar ali, nem que foi um tijolinho pequenininho, para ajudar o Palmeiras a chegar aonde chegou hoje. Então, para mim, é uma história que eu vou carregar para o resto da minha vida.
Como vê a forma de trabalhar de Abel Ferreira?
R: – É um cara que fecha com você. Eu acho que dentro do futebol é muito difícil você administrar um grupo de jogadores, que têm ego, que têm vaidade. Se você não for um cara enérgico, se você não for um cara que realmente impõe respeito, afinal de contas, ele é o líder do grupo, ele é o líder do time. Isso não faz dele o melhor, mas faz dele, hierarquicamente falando, o líder. Então, assim, eu prefiro alguém como ele. Eu gosto de treinadores que brigam, que estão juntos, que xingam, que isso e aquilo, mas que também correm junto com a gente, que fecham junto com o jogador, que estão ali sempre incentivando a buscar o melhor.
Como é o técnico português do Botafogo-SP?
R: – O Paulo aqui é um cara muito enérgico também. Está sempre cobrando, está sempre incentivando, sempre querendo buscar tirar o melhor do jogador. Eu acho que é meio parecido. Eu não trabalhei com o Abel, mas acho que pode ser um pouco parecido.
Qual seria seu recado para a torcida do Palmeiras?
R: – Só agradecer realmente o carinho, o respeito que todo mundo tem comigo até hoje, em todos os lugares que eu vejo palmeirenses. Então eu tenho muito carinho, muito respeito pelo torcedor palmeirense que sempre me acolheram, sempre foram muito respeitosos comigo. Então só agradecer realmente e que vocês tenham muitas alegrias, que o Palmeiras possa dar muitas alegrias para vocês. Vocês merecem, vocês estão ali apoiando, gritando. Vocês realmente são o 12º jogador, e com toda certeza o Palmeiras não seria nada sem vocês. É o casamento perfeito: Palmeiras e torcida!
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