O Palmeiras ainda não tem uma data definida para voltar a mandar seus jogos no Allianz Parque. A presidente do clube, Leila Pereira, teme que o prazo prometido pela Real Arenas, braço da WTorre, impeça um retorno para uma possível semifinal do Campeonato Paulista, por exemplo.
De acordo com a dirigente, o prazo dado pela construtora para que a manutenção do gramado sintético seja finalizada é dia 12 de março. A semifinal, caso o Palmeiras avance às quartas, será dia 27, mas algumas burocracias podem atrapalhar. Os clubes têm que avisar a mudança de estádio com dez dias de antecedência.
– O Palmeiras não tem autonomia pra entrar no Allianz Parque e fazer a manutenção no gramado. Eles tinham nos prometido entregar o gramado no dia 20 de fevereiro e não entregaram. Agora se comprometeram com o dia 12 de março. Se eles entregarem, ainda tem todo um processo – afirmou Leila ao ge.
– Precisamos testar o gramado, fazer um treino com nossos jogadores, precisa a Federação Paulista fazer nova vistoria. Então eu não consigo cravar quando que esse gramado será entregue, quando o Palmeiras voltará a jogar no Allianz. Eu gostaria que fosse o mais rápido possível, porque estamos tendo um prejuízo milionário. O Palmeiras jogando em Barueri, que é bem menor, tem uma diferença de receita. Espero que o mais rápido possível tenhamos o Allianz –acrescentou.
Leila Pereira em entrevista ao ge — Foto: Reprodução
O último jogo do Verdão no Allianz Parque foi em 28 de janeiro, contra o Santos. Desde então, a equipe tem mandado as partidas na Arena Barueri, que pertence a uma das empresas de Leila Pereira.
Mesmo com a manutenção da WTorre no Allianz, a relação com o Palmeiras continua ruim. Em janeiro, Leila já havia citado que a construtora entregaria um “Coliseu” ao clube ao final da concessão (que tem mais 20 anos) pela falta de cuidados com o local.
– O Palmeiras continua não recebendo absolutamente nada dos percentuais sobre as receitas. Continua a mesma coisa. Os processos ainda continuam tramitando na arbitragem, que não posso contar detalhes, porque os processos são sigilosos, mas continua a mesma coisa, infelizmente. O Palmeiras tem uma autonomia limitada em dias de jogos, a manutenção de todo o Allianz é feita pela Real Arenas, não temos liberdade de entrar no estádio pra ver se estão realmente fazendo alguma manutenção, só em dia de jogos – comentou a presidente.
Camada de cortiça entre as cerdas de grama, como será feito no Allianz Parque — Foto: Divulgação
– É o que nos resta, ainda faltam 20 anos dessa concessão e vamos ver como esses processos, nossos advogados trabalham arduamente, para que resolva o mais rápido possível e não depende só deles. Continuo dizendo que daqui a 20 anos vão entregar ao Palmeiras, se nada acontecer nesse meio-tempo, o Coliseu, não tenho dúvidas. Estamos fazendo de tudo para que isso não aconteça – completou.
O Palmeiras tem demonstrado descontentamento com a Real Arenas em relação à manutenção do campo e entende que o atraso na troca do composto tem causado prejuízo ao Verdão, em valores que serão cobrados judicialmente em forma de indenização pelo tempo de estádio interditado.
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