O Santos ainda busca um desfecho positivo em relação à dívida com o Krasnodar, da Rússia, pela compra do meia peruano Christian Cueva. O clube europeu cobra um valor de pouco mais de US$ 4 milhões ainda não pagos pelo Peixe.
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Porém, a percepção do presidente Marcelo Teixeira não é muito animadora. Segundo o mandatário santista, o clube tem tentado negociar a dívida com os russos para evitar uma nova punição pela Fifa, mas encontra dificuldades.
– O transfer ban estamos em negociações. Entendemos que há uma desconfiança natural. Estamos tentando mostrar diferente, oferecendo garantias para demonstrar que o Santos tem capacidade de honrar com os parcelamentos. Mas há uma dificuldade nítida e o Santos corre o risco.
As últimas investidas da atual gestão do Peixe por um parcelamento do valor foram negadas, e os russos só aceitam envolver jogadores, como o zagueiro Joaquim. Se não resolver o problema até a última semana de março, o Santos sofrerá “transfer ban” e não poderá registrar novos jogadores, conforme já notificado pela Fifa.
Marcelo Teixeira em entrevista exclusiva ao ge — Foto: Ana Canhedo
Embora a situação seja crítica, a diretoria do clube da Vila Belmiro não tomará uma decisão precipitada e aguardará até o último dia do prazo para bater o martelo. Ao longo dos últimos dias, o Santos ofereceu o zagueiro Messias para abater o valor da dívida, mas os russos negaram.
O Peixe sinalizou que estaria apto a negociar o atacante Morelos, porém também não houve acordo. O único jogador do Peixe que o Krasnodar aceitaria é Joaquim, ideia prontamente negada pelo presidente Marcelo Teixeira.
Sem novidades no caso Carille
Marcelo Teixeira também falou sobre o caso envolvendo a saída do técnico Fábio Carille do V-Varen Nagasaki, do Japão. A equipe teve uma ação protocolada na Fifa contra o comandante do Santos e sua comissão técnica referente a pedidos de penalidades e outras cobranças devido ao cancelamento dos contratos dos profissionais, que hoje estão no Peixe.
De acordo com o mandatário do clube brasileiro existe uma segurança jurídica para o Santos na questão envolvendo Carille.
– Carille não recebemos nada. Por parte do Santos há uma segurança na situação porque há um imbróglio jurídico trabalhista em que o Santos ,até aqui, não tem qualquer envolvimento, a não ser que tenha algo mais na frente envolvendo a comissão.
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