O diretor de futebol do Corinthians, Mário Gobbi Filho, comunicou nesta quinta-feira, um dia depois da eliminação na Taça Libertadores, que deixará o cargo. Mas a mudança não acontecerá agora. O dirigente quer aguardar o retorno do presidente Andrés Sanches da África do Sul, onde será o chefe da delegação brasileira, para fazer a transição da função.
– O presidente tem uma carta assinada com minha demissão na gaveta dele. O cargo não é meu. O cargo é do presidente. O presidente vai viajar com a seleção e temos coisas aqui que precisam ser feitas. É uma questão de dias – afirmou.
Gobbi, porém, explicou os motivos para não deixar o cargo após a queda na competição sul-americana. Para o dirigente, a troca de comando neste momento poderia não ser benéfica para o clube, principalmente pela disputa do Campeonato Brasileiro, única opção de título que restou ao Timão no ano de seu centenário.
– Você não sai pela porta dos fundos. Temos que arrumar as coisas e fazer uma transição pacífica. Não precisamos fazer nada traumático e não posso chegar aqui e falar que não sou mais diretor, chutando tudo para cima. Vamos ter calma, tudo pensando no bem do Corinthians e não no meu – acrescentou.
Mário Gobbi é considerado um dos pilares do grupo que levou Andrés Sanches à presidência, fazendo parte também do movimento que ajudou a derrubar o ex-presidente Alberto Dualib. Ele, aliás, é até cotado para ser um dos candidatos ao lugar do atual mandatário nas eleições do fim de 2011.
– Minha grande bandeira foi a criação do novo estatuto do clube e a descentralização político-administrativa. Eu fundei e idealizei, com mais cinco pessoas, essa transformação que fizemos no Corinthians. Meus únicos compromissos são com os princípios traçados na nossa plataforma – completou.