A esmagadora maioria dos clubes da Série A tentou vetar o uso da grama sintética no Brasileirão 2024, mas a CBF travou a discussão na reunião do Conselho Técnico, informou o colunista Rodrigo Mattos no Cartão Vermelho. Segundo ele, a mudança pode ficar para o campeonato do ano que vem, diante da insatisfação quase geral.
‘Há muitos clubes querendo vetar o gramado sintético’: “No caso do gramado sintético, foi meio quente o debate lá. Esse treino foi aprovado por unanimidade, o time visitante pode treinar no dia anterior, 24h antes — ele pode fazer um treino para entender como é o campo. Hoje, temos na Série A o Athletico-PR, Palmeiras e Botafogo com gramados sintéticos, só que está uma discussão para o futuro, há um grupo grande de clubes querendo vetar o gramado sintético. Eles vetaram isso, não ia ser votado agora, a CBF disse que não ia votar agora porque achava injusto, faltando 30 dias para o começo do Brasileiro, trocar agora não seria justo, mas essa discussão vai se desenrolar ao longo do ano e tem muita gente contra o gramado sintético”.
‘Nem a Leila Pereira defendeu a grama sintética’: “Vai ter uma pressão forte para acabar no ano que vem. Se vai se concretizar, não sei, mas o relato da reunião é que tinha muita gente falando contra e pouquíssima gente falando a favor. Na verdade, o único que falou a favor foi o representante do Botafogo, nem a Leila [Pereira, presidente do Palmeiras], que apareceu de vez em quando lá, defendeu o gramado sintético nos períodos que ela estava na reunião, que foi online. Tem um grupo grande de clubes, só houve voz contra praticamente, com o Botafogo defendendo. Para o ano que vem, pode ser algo mais radical. Lembremos que, hoje, está no regulamento a grama sintética”.