Dona de cinco medalhas paralímpicas e campeã mundial e parapan-americana, a nadadora brasileira Joana Neves morreu na madrugada desta segunda-feira (18) aos 37 anos em São Paulo.
Segundo nota publicada nas redes sociais do Sadef (Sociedade Amigos do Deficiente Físico), clube onde Joana começou no esporte e que representava atualmente, a paratleta estava na capital paulista realizando exames médicos, em busca de um diagnóstico para episódios de convulsão que vinha apresentando recentemente.
Na noite de ontem, após se sentir mal no Centro de Treinamento Paralímpico, foi levada ao hospital, mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.
Natural de Natal, no Rio Grande do Norte, Joana foi diagnosticada na infância com acondrosplasia, condição que afeta o crescimento dos ossos. Aos 10 anos, começou a praticar natação por recomendação médica e, aos 13, passou a competir.
Conhecida como Joaninha e Peixinha, a potiguar conquistou duas pratas e três bronzes nos Jogos de Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020, além de nove ouros nos Jogos Parapan Americanos de Toronto 2015 e Lima 2019.
Sua última competição internacional foi o mundial de natação da Ilha da Madeira, em Portugal, disputado em junho de 2022. Na ocasião, ficou com o ouro no revezamento 4x50m livre misto, além da prata nos 50m livre da classe S5 (limitação físico-motora) e dois bronzes nos 50m borboleta e 100m livre.
Na carreira, foram ao todo 15 pódios em mundiais entre 2013 e 2022. Em 2020, Joana foi eleita a melhor nadadora paralímpica brasileira no Troféu Best Swimming.
“Estamos consternados com a partida da Joana Neves, nossa Joaninha. Tanto carisma fora das piscinas, tanta garra quando caía na água para representar nosso país, seu estado, o Rio Grande do Norte, seus amigos e sua família”, declarou Mizael Conrado, presidente do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).