A real é que não temos um jogador como Jude Bellingham. Até podemos admitir que temos Neymar. Mas Bellingham é mais jovem, mais dinâmico e menos egoísta que Neymar. Além de craque, joga para o time. De qualquer maneira, Neymar não estava nessa – e em tantas outras.
Com Bellingham, a Inglaterra foi uma. É um jogador especial, que joga de cabeça erguida, peito estufado, que não erra quase nada o que tenta. Quando ele saiu, no segundo tempo, o jogo, que já tinha ficado mais equilibrado, passou a pender para a seleção brasileira. E aí apareceu Endrick.
Que o menino é bom, já sabemos. Mas não basta ser bom. É preciso estar, sentir, ter a tal estrela. O passe de Andreas Pereira para Vinícius foi ótimo. Vini Jr perdeu o gol – aliás, está na hora de começarmos a olhar com mais atenção para as tantas más atuações do craque do Real Madrid na seleção brasileira -, mas Endrick estava lá para fazer o gol da vitória.
Em Wembley.
É aquela sortezinha que todo mundo precisa ter. Que Fernando Diniz não teve. Mas que Dorival Jr teve hoje. A Inglaterra, com time titular, apesar dos desfalques, era um time. O Brasil ainda tem uma jornada gigantesca a percorrer, uma caminhada do tamanho da distância entre Wembley e Maracanã.
Algumas pás de concreto foram colocadas nessa estrada que parte de Londres. Bento foi seguro, os zagueiros foram bem, João Gomes veio para ficar e, claro, Endrick está desabrochando.