Porque os dois rivais protagonizavam clássico sensacional.
Os azuis esmagavam os vermelhos e o goleiro camaronês Onana defendia bolas sobre bolas.
O placar?
1 a 0 para os visitantes de vermelho, fruto de golaço épico de Rashford, uma bomba de fora da área com direito a resvalar no travessão, aos 8 minutos.
Se não bastasse, aos 44, com Onana enfim vencido, Haaland, na pequena área, jogou de bandido, como se fosse zagueiro, e mandou por cima uma bola que requeria apenas um leve toque para o empate.
Como o City se especializou em virar jogos nesta Premier League, ninguém duvidava de que no segundo tempo a reação viria.
Ninguém, menos eu.
O segundo tempo começou como foi o primeiro inteiro e com Onana evitando o empate.
Era improvável que o United fizesse outro gol tão fabuloso como o de Rashford, mas não que ampliasse num contra-ataque tamanha a pressão do rival, e por causa, o espaço que deixava em sua defesa.
Aos 55, o assoprador de apito deu mãozinha ao City ao não marcar falta em Rashford de Walker e ainda no 55º minuto Foden empatou de maneira só não tão fantástica como o 1 a 0 porque a bola não raspou o travessão.
Parecia impossível que os visitantes resistissem.
Empatar era pouco para os anfitriões na luta pelo inédito tetracampeonato inglês.
Aos 59, Doku saiu e Julián Álvarez entrou, em certeira mexida porque o belga não estava bem e o argentino tem sido impecável.
Por falar em belga, o genial De Bruyne ainda não havia apresentado o que sabe e deixava aberta a possibilidade de fazê-lo.
Quando o jogo chegou aos 75 minutos, o City havia chutado 25 vezes contra dois chutes do United e tinha 72% de posse de bola, com 13 escanteios contra outros dois.
O empate, no entanto, seguia implacável.
Até que o 80° minuto chegou.
Foden é fogo!
O jovem inglês tabelou com Álvarez e bateu cruzado para virar. Como só eu não acreditava, porque a décima virada é um exagero: 2 a 1.
Nem por isso os azuis trataram de garantir o resultado, ao contrário.
Foram em busca do terceiro gol e, aos 91, Haaland limpou parcialmente sua barra, ao se aproveitar de erro em saída de bola e fazer o 3 a 1.
O City segue um ponto atrás do Liverpool e no domingo que vem, 10 de março, às 12h45, na terra dos Beatles, eles se encontrarão, no jogo que se transformou no que era Barcelona x Real Madrid.
Anfield não deixará ninguém andar sozinho. Nem mesmo o City.
Reportagem
Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.